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Pandemia acelera processos de certificação e coloca Brasil à frente no fornecimento de alimentos seguros para o mundo

Para atender às exigências do consumidor não basta produzir um alimento de qualidade. É preciso ir além e comprovar que todos os processos da cadeia foram executados de maneira correta e sustentável. E, se anteriormente, as certificações que comprovavam a procedência e denominação de origem traziam valor agregado ao produtor rural, com a pandemia o processo foi acelerado. A nova tendência foi um dos assuntos que vieram à tona durante o sexto episódio do projeto “Caminhos do Agro SP”, realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo em conjunto com a TV Cultura, InvestSP, Fundag e a iniciativa privada.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, o desafio para o setor público, em conjunto com a iniciativa privada, está em organizar o caminho do campo até a mesa para garantir que todos os produtos cheguem conforme as normas definidas pelos órgãos reguladores e pelos mais exigentes mercados internacionais.

“A confiança do consumidor com relação à segurança dos alimentos é devida ao trabalho bem feito por cada um dos elos da cadeia produtiva. Na pandemia, o agro brasileiro mostrou o quanto é confiável e que não tem tempo ruim: faça chuva ou faça sol, trabalhamos para sermos provedores de segurança alimentar para o mundo. E, isso só é possível porque seguimos rigorosamente os protocolos sanitários; uma agricultura muito organizada!", enfatizou Junqueira.

O processo de certificação dos alimentos é um caminho sem volta e desmistificar a complexidade é uma das frentes em que atua o gerente de Certificações e Projetos do Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), Matheus Modolo Witzler. Segundo ele, a certificadora exerce o papel do elo de confiança entre o produtor e o consumidor, além de levar segurança à ponta da cadeia, auxilia para melhorar os processos da “porteira para dentro”, criando padrões produtivos.

“Se há algum tempo as certificações eram um plus oferecido pelo produtor, com a pandemia isso acelerou. Agora não tem mais volta e passou a ser um padrão mínimo para atender mercados mais exigentes. Um exemplo é a União Europeia, pois além de atender todos protocolos que nos demandam a legislação brasileira, é necessário cumprir as normas de padrões internacionais. Os produtores vão ter que mostrar mais porque o mercado quer segurança”, ressaltou.

Para que a segurança dos alimentos seja garantida é preciso unir os esforços de empresas, produtores, institutos de pesquisa e laboratórios. Exemplo disso é a iniciativa do “Aplique Bem”, que é resultado de uma parceria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a empresa UPL. O programa já capacitou 72 mil trabalhadores rurais por meio de treinamentos, garantindo a aplicação segura e eficaz de defensivos agrícolas nas propriedades.

O pesquisador do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC-APTA) da Secretaria, Hamilton Humberto Ramos, acredita que é preciso transformar os conceitos científicos em linguagem de fácil entendimento. E, levar a tecnologia a campo, capacitação aos agricultores, utilizando-se de equipamentos e recursos da sua própria cultura de cultivo nos treinamentos, facilita a adoção de boas práticas e disseminação do conhecimento.

“A certificação virá cada vez mais forte por exigência do consumidor. E o agricultor é um empresário que trabalha pelo lucro. É ilógico quando ouvimos falar que o agricultor ‘envenena’, pois é prejuízo. Desperdiçar produto e má aplicação onera o seu custo de produção. Se ele souber que pode produzir melhor e mais barato, por que não faria?”, questionou.

“Levar o conhecimento aos produtores e apoiar para que ele se beneficie das tecnologias de maneira correta é, de maneira intrínseca, também levar segurança ao consumidor, que está cada vez mais inteirado de como o alimento é produzido e todo processo envolvido para chegar à mesa. Uma agricultura holística e projetos como o ‘Aplique Bem’ são peças fundamentais nos processos de certificações”, completou João Mancine, Head Marketing Cultivos Especialidades da UPL Brasil.

“Caminhos do Agro SP”

O projeto “Caminhos do Agro SP” é resultado de uma parceria entre InvestSP, Fundag, TV Cultura, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a iniciativa privada. Os episódios podem ser acompanhados nos canais do YouTube da Secretaria de Agricultura e Abastecimento: https://www.youtube.com/agriculturasp e da TV Cultura: https://www.youtube.com/cultura

AGENDA CAMINHOS DO AGRO SP

28 de outubro: Live 5 – Citricultura

04 de novembro: Episódio 7 – Comercialização

11 de novembro: Live 6 - Papel e Celulose

18 de novembro: Episódio 8 – Consumo

25 de novembro: Live 7 – Olericultura

02 de dezembro: Episódio 9 – Exportação

09 de dezembro: Live 8 – Soja

16 de dezembro: Episódio 10 – Conectividade

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