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Pesquisa do IB busca identificação e diagnóstico dos vírus causadores do mosaico na cana e no milho

Pesquisa em desenvolvimento pelo Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, busca a identificação e o diagnóstico dos vírus causadores do mosaico na cana-de-açúcar e no milho. O mosaico é considerado uma das principais doenças das duas culturas. Os trabalhos do IB apontam para a ocorrência de duas novas espécies de vírus no país, o Maize yellow mosaic virus (MYMV), no milho, e o Sugarcane streak mosaic virus (SCSMV), na cana. Há ainda indícios da entrada do Sorghum mosaic virus (SrMV) no país, um dos principais responsáveis pelo mosaico da cana-de-açúcar na Argentina.
Segundo Marcos Cesar Gonçalves, pesquisador do IB, o projeto tem como meta o levantamento, a identificação e o desenvolvimento do diagnóstico das diferentes espécies e estirpes virais causadoras de mosaico na cana-de-açúcar, no milho e nas demais gramíneas de importância econômica.
Os resultados alcançados até o momento mostram que o principal responsável pelo mosaico no Brasil é o Sugarcane mosaic virus (SCMV), uma das mais importantes viroses dessas culturas no País e no mundo. “No entanto, novos estudos têm apontado para a ocorrência de duas novas estirpes do vírus do mosaico no Brasil”, explica Gonçalves.
A partir dessas pesquisas, o IB consegue auxiliar os programas de melhoramento genético da cana-de-açúcar e do milho, como os mantidos pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA). “Os programas de melhoramento utilizam essas informações para incorporar características de resistências a esses vírus nas novas variedades”, afirma o pesquisador.
A identificação das estirpes, ou isolados de vírus, é importante para determinar a virulência do vírus. Segundo o pesquisador do IB, há 15 anos o mosaico não preocupava muito os produtores de cana-de-açúcar e o setor sucroenergético brasileiro, pois a maioria das variedades cultivadas do País era resistente às estirpes que existiam na época. A situação mudou em 2006, com a emergência de uma estirpe severa do Sugarcane mosaic virus. As variedades cultivadas no País não eram resistentes a ela. “Por isso, a importância na identificação dos isolados virais e na utilização de diferentes variedades pelos produtores”, afirma.
A doença forma mosaicos de tonalidades variando entre o verde e o amarelo nas folhas da cana e do milho, diminuição do tamanho das plantas, e falhas no enchimento dos grãos da espiga do milho, causando a perda da produtividade em ambas as culturas. “Para o diagnóstico desses vírus utilizamos uma técnica baseada na detecção de ácidos nucléicos (RNA e DNA), também desenvolvida no IB, que tem como diferencial sua rapidez, sensibilidade e especificidade. Realizamos diagnósticos para empresas, programas de melhoramento genético e, eventualmente, produtores rurais”, afirma.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, pesquisas relacionadas a sanidade são estratégicas para o estado e o País. “Esse trabalho é importante para orientação dos produtores e dos programas de melhoramento genético. As duas culturas têm grande importância econômica para o agronegócio paulista e brasileiro e, por isso, o desenvolvimento de estudos relacionados à sanidade é tão estratégico, como orienta o governador Geraldo Alckmin”, afirma.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA

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