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Pesquisador do Instituto de Pesca lança livro “Peixes-de-bico do Atlântico”

O pesquisador Alberto Ferreira de Amorim, um dos maiores especialistas em peixes de bico no Brasil, acaba de lançar o livro "Peixes-de-bico do Atlântico". O autor da publicação, que participa dos grupos de definição de captura mundial desses peixes, é pesquisador do Centro de Pescado Marinho em Santos, vinculado ao Instituto de Pesca (IP-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.   
Os peixes-de-bico, por sua beleza e tenacidade, estão entre os mais fascinantes animais dos mares, diz Amorim. “O marlim-azul, eternizado por Ernest Hemingway no livro O Velho e o Mar, é o maior das seis espécies que habitam o Atlântico. Além dele, ocorrem nesse oceano o marlim-branco, o sailfish, o spearfish, o marlim-polegar e o swordfish.”
O Projeto Marlim, criado para desenvolver estudos para a conservação dos peixes-de-bico, foi iniciado em 1992 pelo pesquisador Alberto Amorim, do IP, com a colaboração do biólogo Eduardo Pimenta, da Universidade Veiga de Almeida (UVA), campus Cabo Frio-Rio de Janeiro. Além de Amorim e Pimenta, também assina o livro a jornalista Maria Christina Carrari Amorim.
A pesquisa científica, explica Amorim, encontrou respaldo nos grupos de pescadores esportivos, que adotaram as modalidades de pesque e solte (catch & release) e marque e solte (tag & release) em seus torneios. Biólogos e estudantes participam dos torneios para a realização da pesquisa científica.
Os primeiros contatos com os pescadores esportivos começaram na década de 1970 no Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), estendendo-se depois para o Yacht Club de Ilhabela (YCI), Iate Clube de Santos (ICS), Costa Azul Iate Clube (CAIC), Iate Clube do Espírito Santo (ICES) e Iate Clube de Barra do Una (ICBU). Hoje, o projeto conta com o apoio dos iates-clubes, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da The Billfish Foundation (TBF), organização norte-americana dedicada à conservação de peixes-de-bico.
Marcas eletrônicas
Segundo Amorim, os peixes devolvidos ao mar com uma pequena marca numerada, quando recapturados, trazem novas informações sobre as migrações e as taxas de crescimento dessas espécies. Hoje, as marcas eletrônicas, também colocadas com o apoio das embarcações de pesca esportiva, reúnem dados mais precisos e de forma mais rápida e eficiente.
Além dos projetos de marcação, são desenvolvidos estudos complementares sobre estágios maturacionais, hábitos alimentares e DNA, de acordo com pesquisador do IP. A implantação da modalidade do “pesque e solte” foi acompanhada da adoção do anzol circular, que causa menor trauma ao peixe.
Com o declínio acentuado dos marlins azul e branco nas últimas décadas, a comercialização destes peixes foi proibida por meio da Instrução Normativa n. 12/2005, da antiga Secretaria de Aquicultura e Pesca (SEAP), atual Ministério da Pesca. Amorim recomenda que estes peixes sejam devolvidos ao mar, em caso de captura acidental na pesca de espinhel que visa os tunídeos e afins. Se forem embarcados, devem ser doados a entidades beneficentes ou de cunho científico.
Embora a lei já esteja em vigor desde 2005, o declínio não foi contido, alerta o pesquisador do IP. Preocupados com a situação, os cientistas, com o apoio dos pescadores esportivos, lançaram a Campanha Socioambiental de Preservação dos Peixes-de-Bico em janeiro de 2010. A iniciativa é do Projeto Marlim, com a participação de ICRJ, ICS, YCI, ICBU, UFRPE e The Billfish Foundation.
Novas medidas conservacionistas e um trabalho de conscientização pela educação ambiental estão sendo desenvolvidos, conta Amorim. Exemplos são as iniciativas de Rio de Janeiro e São Paulo no sentido de conscientizar a comunidade sobre a importância da conservação dessas espécies. “O livro Peixes-de-Bico do Atlântico pretende divulgar de forma didática esses ensinamentos, para que futuras gerações possam conhecer e respeitar estes maravilhosos animais.” 
Para outras informações ou mesmo adquirir o livro, entrar em contato com o pesquisador Alberto Amorim pelos telefones (13) 3261-6571 ou (13) 9708-1779 ou ainda pelo e-mail: prof.albertoamorim@gmail.com

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Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
Eliane Christina da Silva (estagiária relações públicas)
(11) 5067-0424

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