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Preço do café pode frustrar receita das torrefadoras

São Paulo, 11 de Maio de 2007 - O cenário baixista dos preços do café no mercado internacional pode frustar os planos das torrefadoras brasileiras que esperam faturar no mercado interno R$ 7 bilhões neste ano, cifra 29,6% maior que a alcançada no ano passado. Porém, essa projeção não deve se concretizar diante do preço da matéria-prima que demonstra tendência de no mínimo se estabilizar, em relação ao ano anterior. A previsão da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) pode ser corrigida para uma receita de R$ 6,7 bilhões neste ano. Para alcançar a cifra de R$ 7 bilhões - o equivalente a R$ 8,5 o quilo de café moído em média - as torrefadoras levam em conta a estimativa de repasse de preço do café ao varejo de 25% no decorrer deste ano e uma taxa de crescimento nas vendas entre 5% e 6%, para 17 milhões de sacas de café verde, o equivalente a 8,14 milhões de quilos do produto torrado. Mas, talvez o aumento do preço na magnitude de 25% não aconteça, segundo o diretor-executivo da instituição, Nathan Herszkowicz. Com isso, acrescenta, a indústria poderá rever para baixo a estimativa para o faturamento. Isso porque a expectativa do mercado é que os preços não fujam muito dos atuais patamares. Diante do atual cenário de preço de café, o consultor da P&A Marketing Internacional, Carlos Staut, prevê que a receita da indústria de torrefação de café fique nos mesmos patamares do ano passado. Naquela ocasião, o faturamento foi de R$ 5,4 bilhões. "A matéria-prima apresenta tendência de estabilidade, sem alteração dos preços’’, diz Staut. Para o consultor, os preços do café verde neste ano devem ficar cerca de 30% menores que os do ano passado. "Esperava-se que, com uma safra brasileira menor, os preços se recuperassem, mas não está ocorrendo’’, acrescenta Staut. Para o consultor da P&A, o cenário baixista da commodity, que até ontem acumulavam queda de 13,73%, na Bolsa de Nova York (Cybot), é decorrente de especulação principalmente dos fundos de investimentos. O diretor da Abic esperava pelo menos que as cotações tivessem reagido entre março e abril, período de entressafra do café no Brasil. Herszkowicz lembrou que os preços do café começaram a subir em novembro do ano passado em razão da previsão de uma safra menor do Brasil, o maior produtor mundial da commodity. No último trimestre de 2006, os preços chegaram a subir 30% em média, relembrou Staut. A indústria tentou repassar essa alta do preço da matéria-prima para o varejo. Até abril, conseguiu reajustar as tabelas em 10% em média o quilo de café. Estoques Apesar da baixa cotação dos preços, os fundamentos são de queda na oferta de cafés. O Brasil deve se deparar com os menores estoques privados dos últimos 10 anos. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7)(Viviane Monteiro) Fonte(s): Gazeta Mercantil

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