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Preços agrícolas sobem 1,77% em agosto, “com viés de alta”

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, encerrou agosto com alta de 1,77%, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem animal que subiu 5,64%, enquanto o índice de preços dos produtos de origem vegetal registrou elevação de 0,33%. Dos produtos pesquisados, 12 apresentaram alta de preços (sete da área vegetal e cinco da área animal), enquanto oito produtos tiveram queda (sete de origem vegetal e um de origem animal).
No acumulado de 12 meses,  o índice geral subiu 28,09%, resultado do aumento de 30,85% no índice de preços dos produtos vegetais e de 18,72% do índice de preços dos produtos animais.
Por produto, as altas mais expressivas em agosto ocorreram nos preços da banana nanica (41,21%); do tomate para mesa (21,05%); da carne de frango (18,35%); do amendoim (11,71%) e do arroz (8,32%). Os efeitos dos aumentos no preço da banana decorrem da dificuldade de normalização da oferta por conta das chuvas que assolaram o Vale do Ribeira, principal região produtora paulista, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves. Assim, formou-se um cenário de escassez no curtíssimo prazo, somado à redução da oferta e à maior propensão ao consumo nas estações do ano de temperaturas amenas.
Já as baixas temperaturas em agosto levaram à desaceleração do processo de maturação dos tomateiros, observam os especialistas do IEA. Isto, adicionado às geadas em momentos pontuais, reduziu a oferta do produto, o que elevou os seus preços.
Quanto à carne de frango, os preços internacionais atingiram patamares recordes, superando as cotações de 2008, até então consideradas inalcançáveis, apontam os responsáveis pela análise. “Com isso, os impactos nos preços internos mostram-se de elevação substantiva com a tendência de boas exportações.”
No caso do amendoim, a variação positiva deve-se ao fato de que o ano se iniciou com baixos estoques do produto, observam os técnicos do IEA. Isto, aliado às perdas causadas pelas chuvas no período da colheita e ao aumento da exportação, limitou a oferta do produto no momento atual, aumentando suas cotações.
Por sua vez, a retenção de estoques de arroz no Rio Grande do Sul levou os atacadistas do Centro Sul a aumentarem suas ofertas para os produtores, o que melhorou um pouco os preços recebidos pelos arrozeiros, dizem os pesquisadores. “Contudo, em algumas regiões este valor não cobre os custos de produção. A sinalização de aumento da demanda no mercado internacional pelo produto e o anúncio de seu uso para produção de ração animal aumentam as expectativas de dias melhores para os produtores.”
As quedas mais relevantes foram verificadas nos preços da batata (22,95%); da laranja para indústria (6,14%); do trigo (5,22%) e do café (2,50%).
Acumulado de um ano – Nos últimos 12 meses, ocorreu notório viés de alta nos índices de preços agropecuários, na medida em que todos os grupos de produtos mostraram elevação, dizem os analistas do IEA. “Os preços dos produtos animais já vinham aumentando desde junho como conseqüência principalmente do inverno, afetando pastagens, e dos preços internacionais crescentes da carne de frango. Agora os produtos vegetais em plena entressafra das principais lavouras apontam trajetória de crescimento.” 
No acumulado de 12 meses, os maiores incrementos foram observados nos preços do tomate para mesa (67,15%); do milho (55,66%); do café (45,21%); da cana de açúcar (42,62%); da  carne de frango (28,89%), do amendoim (24,23%); dos ovos (23,28%); da banana nanica (19,50%); do  trigo (18,42%); da  carne bovina (14,68%); do leite B (13,66%); do feijão (10,02%); da soja (8,17%); e do  leite C (7,57%).
O preço do algodão está praticamente no mesmo patamar do ano passado (0,82%), enquanto houve queda nos preços da laranja para indústria (28,44%); da batata (20,64%); da laranja para mesa (19,69%); do arroz (18,26%) e da carne suína (7,31%).
“Em síntese, um total de 15 dos 20 produtos componentes do índice apresentam preços atuais maiores que há 12 meses e cinco têm preços inferiores. Logo, os preços agropecuários nesta conjuntura não apenas mostram viés de alta como também estão bem mais elevados do que no ano anterior”, concluem os pesquisadores do IEA.
A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
Camila Amorim/Eliane Christina da Silva (estagiárias)
(11) 5067-0424

 

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