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Previsão de Safra: tomate e borracha apresentam aumento de produção

O terceiro levantamento da Previsão e Estimativa de Safra para as principais culturas do Estado de São Paulo, realizado em junho de 2020, pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), apresentou os resultados finais da safra agrícola 2019/20 das culturas da batata, cebola de bulbinho, tomate envarado (mesa) e seringueira.

A estimativa final da safra da borracha paulista apresentou uma produção de 247,7 mil toneladas de coágulo de látex, 1,7% maior do que a produção da safra 2018/19, mas exibiu perdas de 3,1% na produtividade. A área total com os seringais permaneceu praticamente inalterada com 135,5 mil hectares. A área produtiva, porém, expandiu-se, passando de 98,7 mil hectares para 103,6 mil hectares, em virtude da passagem dos pés novos para pés produtivos.

A maior produção está concentrada nas regiões Norte e Noroeste, com destaque para o Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de São José do Rio Preto, principal região produtora, que responde por 28% da produção paulista, seguida pelos EDRs de General Salgado (12,5%), Votuporanga (12,4%) e Barretos (11,4%), explicam os pesquisadores do IEA.

Para o tomate envarado ou de mesa, o levantamento apontou produção de 771,5 mil toneladas, 14,1% maior que a obtida na safra passada, reflexo da expansão de 16% na área cultivada (passando de 8,7 mil hectares para 10,1 mil hectares). Esse bom resultado é derivado da soma das produções das duas safras (verão e inverno), conforme a nova metodologia de levantamento introduzida pelo IEA/CDRS para o acompanhamento da cultura.

No caso do tomate rasteiro, destinado à indústria, o levantamento aponta expansão de 18,5% na área e produção prevista em 254,8 mil toneladas, 22,6% maior na comparação com a safra 2018/19, expectativa que será verificada em novembro, quando ocorre o encerramento da colheita. O EDR de Orlândia representa mais de 33% da área da cultura no Estado, seguido pelas regionais de Barretos (13,4%) e Jaboticabal (8,2%). Já os EDRs de Araçatuba e General Salgado, regiões tradicionais na produção de tomate industrial, suas participações vêm diminuindo nos últimos anos.

A área destinada ao cultivo de mandioca para indústria foi levemente reduzida em relação à safra passada (-4,3%), ficando em 59,7 mil ha, o que contribuiu para a queda de 2,4% na produção, que somou 1.204,1 mil toneladas. As maiores produções são encontradas nos EDRs de Presidente Venceslau, Marília e Assis. A mandioca para mesa também apresentou variação levemente negativa, com área de 20,5 mil hectares (-2,6%) e produção de 250,9 mil toneladas (-10,7%). Os principais Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) produtores são: Sorocaba, Jaboticabal e Mogi Mirim.

O levantamento final da safra da batata da seca apresentou variações negativas em relação à área e produção. A área cultivada foi de 6,7 mil hectares, (-17,8%), a produção de 188,7 mil toneladas (-25,3%). A diminuição pode ser explicada pela variação irregular do regime pluviométrico das regiões produtoras, aliada a uma menor demanda pelo produto. Os principais EDRs produtores são Avaré, Itapeva, Itapetininga, que concentram mais de 60% da produção paulista, afirmam os pesquisadores.

O levantamento final para cebola de bulbinho indicou redução de área (-23,8%) e de produção (-22%); a área ocupada foi de 400 hectares, e a produção de 17 mil toneladas, com uma produtividade levemente superior (2,3%) em 39.609 kg/ha. O presente levantamento indica que a área plantada com cebola de muda foi de 1,7 mil hectares, (-24,7%), com produção de 60,5 mil toneladas (-25,6%). A cebola produzida em plantio direto também apresentou variações negativas em relação à área e produção. A área cultivada foi de 2,1 mil hectares (-14,3%) e a produção de 106,6 mil toneladas (-14,7%). Os principais EDRs produtores de cebola são: São João da Boa Vista, Jaboticabal e Itapeva.

Tanto para cebola de muda quanto para a produzida em plantio direto, o levantamento de junho é o segundo da safra. O produto tem apresentado preços atrativos, principalmente em decorrência da cotação do dólar, que influencia os preços da cebola paulista devido à importação da cebola argentina. Espera-se, portanto, certa elevação da área cultivada nos próximos levantamentos.

O próximo levantamento das safras agrícolas do Estado de São Paulo, a ser realizado em setembro/2020, trará os resultados finais dos produtos agrícolas de inverno e das culturas perenes (banana e café) da safra 2019/20, e as primeiras informações de intenção de plantio das culturas anuais safra de verão 2020/21.

Para ler o artigo na íntegra e consultar as tabelas e informações detalhadas sobre o comportamento de cada uma das culturas acompanhadas nesse levantamento, assim como conhecer a metodologia utilizada, clique aqui.

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