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Proposta do Instituto de Pesca sobre destino de resíduos sólidos da atividade pesqueira é a mais votada na IV Conferência Regional do Meio Ambiente da Baixada Santista

Em 16 e 17 de agosto de 2013, na Universidade Católica de Santos (UniSantos), foi realizada a IV Conferência Regional do Meio Ambiente da Baixada Santista. Neste ano, a temática foi  “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, oportunidade em que se discutiram as prioridades da região da Baixada Santista a serem encaminhadas à Conferência Estadual. 
Rúbia Yuri Tomita e Érika Fabiane Furlan, pesquisadoras do Instituto de Pesca (IP-APTA), participaram do evento apresentando uma proposta que destaca a necessidade de se dispor adequadamente o resíduo sólido oriundo da atividade pesqueira. Estudos comprovam que 50% a 70% de todo o pescado produzido pela pesca extrativista e aquicultura transformam-se em resíduo e são descartados com espécies de baixo ou nenhum valor comercial. 
A proposta foi apresentada ao Grupo de Trabalho (GT) sobre “Produção e Consumo Sustentável”, que a debateu e aprovou para encaminhamento à plenária final da Conferência, na qual todos os participantes votam. Nessa votação, em que as propostas oriundas de todos os GTs são apresentadas, a do Instituto de Pesca, que indicava a necessidade de uma política pública focada na gestão e disposição adequada do resíduo gerado pela atividade pesqueira, foi a mais votada. 
Assim, a Unidade de Tecnologia do Pescado do IP contribuiu para a inclusão da questão do resíduo da atividade pesqueira na Agenda Estadual, durante a Conferência Estadual do Meio Ambiente, a qual, no caso de aprovação, será encaminhada à Conferência Nacional do Meio Ambiente. 
A proposta é reflexo da atuação da Unidade Laboratorial de Referência em Tecnologia do Pescado (ULRTP), do IP, que desenvolve projeto de pesquisa sobre o uso da tecnologia da silagem ácida para o tratamento de resíduos sólidos do pescado (vísceras, pele, espinhaço, carapaças), visando à sua utilização como fertilizante no cultivo orgânico de alface. O estudo reveste-se da maior relevância quando se consideram os dados preliminares obtidos, que estimaram a geração de 1 tonelada de resíduos por dia em apenas um local importante de comercialização de pescado na cidade de Santos (SP). Observou-se também que esse tipo de resíduo é descartado como lixo doméstico, sem nenhum tipo de tratamento, o que, além de significar o desperdício de um material de alto valor biológico e rico em proteínas, pode gerar um problema de saúde pública. 
Segundo a pesquisadora do IP, Rúbia Tomita, a tecnologia da silagem ácida é uma das disponíveis para o tratamento de resíduos de pescado e, consequentemente, o seu reaproveitamento. “É uma tecnologia que não necessita de grandes investimentos e que terá sua viabilidade econômica estudada durante a realização do projeto, de forma a colocar à disposição da sociedade um ‘pacote tecnológico’ mais completo para o reaproveitamento desse resíduo”, afirma.

A equipe da ULRTP aguarda a realização da Conferência Estadual do Meio Ambiente, esperando que sua contribuição seja aprovada e levada à Conferência Nacional, no sentido de tornar obrigatória a destinação adequada de resíduos sólidos da atividade pesqueira na região e em outras regiões.. 
O Instituto de Pesca é vinculado à APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Texto: Antonio Carlos Simões
Revisão: Márcia Navarro Cipólli
Assessoria de Imprensa – IP

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