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Representantes de laboratórios de análises de solos do Brasil e do exterior participam de reunião no IAC

Em 2016, 136 laboratórios se inscreveram no Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solo para fins Agrícolas. Essas unidades são de 13 estados brasileiros, além de dois do Uruguai, um do Paraguai, dois da Guatemala e um da Angola. Dentre os participantes, 52% estão no Estado de São Paulo. O segundo estado com maior número de laboratórios é Minas Gerais, com 19 representantes. Na sequência vêm Goiás e Paraná, cada um com nove participantes.  A importância do trabalho é verificada pelo aumento do número de participantes. Em 1984, somente quatro laboratórios do Estado de São Paulo participavam do Programa.
Em 2016, foram feitas 1,4 milhão de análises básicas, por 58% dos laboratórios participantes do Ensaio de Proficiência IAC. Desse total, 50% foram feitos por laboratórios de São Paulo. O grupo fez ainda 500 mil análises de micronutrientes e 420 mil de granulometria.
Além da transferência de métodos, o IAC acompanha o desempenho dos laboratórios, ao longo do ano, por meio do Ensaio de Proficiência. Dos 136 participantes, 131 efetivamente enviaram resultados para serem checados pelo IAC. O conjunto de análises que faz parte do ensaio é composto por: análises básicas, análises de micronutrientes e granulometria. De acordo com o pesquisador, algumas instituições não participam de todos os conjuntos analíticos. Do total, 114 fizeram análises básicas, 90 fizeram de micronutrientes e 97 para granulometria. “Tem havido um incremento constante no número de laboratórios que realizam as determinações de micronutrientes e de granulometria; em 2002 apenas 42 laboratórios determinavam micronutrientes e granulometria”, afirma.
São privados 85% dos laboratórios participantes do Ensaio. Os outros 15% estão ligados ao setor público.  “A proporção de laboratórios pertencentes ao setor privado no Ensaio de Proficiência IAC é crescente e é a maior entre os Programas de Laboratório similares no Brasil, indicando uma tendência, já bem consolidada no Estado de São Paulo, da prestação desse tipo de serviço ser realizada por empresas privadas”, diz Cantarella.
No passado, o setor público era o principal provedor de análises de solo para os agricultores. “Em 1984, apenas 50% dos laboratórios do Programa eram privados; esse número aumentou para 70% em 2000 e atingiu 85% este ano”.
Segundo o pesquisador, o papel principal do setor público é garantir o suporte científico e metodológico para que os laboratórios possam atender adequadamente aos agricultores. Para o secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, o IAC vem cumprindo eficientemente esta função. “O Instituto auxilia não só a agricultura paulista, mas também de outros estados e países, como sugere o governador Geraldo Alckmin”, diz.
Atualmente, 60% dos laboratórios participantes do Ensaio de Proficiência fazem análises completas, incluindo as básicas, de micronutrientes e granulometria. Por outro lado, apenas 68% fazem somente as análises básicas e 13%, as básicas e micronutrientes.  “Um pequeno número de participantes realiza somente as análises de micronutrientes ou de granulometria. Há uma tendência de os laboratórios oferecerem vários tipos de determinações aos clientes”, explica Cantarella.
Aproximadamente 45% dos laboratórios são pequenas unidades independentes, que têm na análise de solo uma de suas principais atividades. A porcentagem de laboratórios ligados a associações de produtores ou cooperativas é de 10% e a de empresas e fundações, 23%. Os laboratórios de institutos de pesquisa representam 3% do total e os ligados ao ensino público, 11%. As instituições de ensino privado representaram 8 % do total de participantes. Essas proporções estão relativamente estáveis há algum tempo, embora com pequenas variações de ano para ano.
“Para concorrer ao selo de qualidade do IAC, os laboratórios devem fazer todas as determinações do conjunto analítico em que pretendem participar, além de analisar um número mínimo de 16 amostras, por ano. Isso representa 80% das amostras distribuídas”, explica Cantarella. Em 2016, 119 concorreram ao selo, o qual geralmente é dispensado pelas unidades que fazem análises somente para uso interno. Dentre os laboratórios, 84% fazem prestação de serviços para terceiros, os demais atendem apenas ao público interno, como é o caso, principalmente, de empresas do setor sucroalcooleiro e florestal, além de cooperativas que não atendem ao público externo.
Com essa atividade, o Instituto contribui para a capacitação dos laboratórios, consequentemente, para que os agricultores possam se basear em análises de solos precisas, alcançando, assim, melhores resultados em suas lavouras.
Os laboratórios são classificados independentemente para as análises básicas, de micronutrientes e granulometria, com conceitos A, B, C ou D. A participação no Programa é voluntária e os laboratórios não são identificados nos documentos, a fim de evitar o uso indevido dos dados por parte de laboratórios concorrentes.
Segundo o pesquisador, de modo geral, os laboratórios que recebem os conceitos A e B em uma determinada rotina analítica também têm bom desempenho nas outras rotinas. “Pode-se notar que há uma tendência clara de melhoria no desempenho dos laboratórios com o passar dos anos, especialmente para as rotinas mais recentes no Ensaio, que são micronutrientes e granulometria, indicando os benefícios da participação em um Ensaio de Proficiência.”
O Ensaio de Proficiência do IAC qualifica os prestadores de serviços em análises de solo e contribui com todos os setores de produção agrícola. Essa tecnologia é fundamental para a produtividade de qualquer cultura. Cana, citros, café e outras culturas de grande importância para o Estado de São Paulo têm suas lavouras orientadas com base nesse recurso. O passo seguinte às análises são as recomendações de adubação e calagem. Esses insumos representam, em média, 20 a 30% do custo de produção das lavouras. “As análises de solo permitem otimizar esses investimentos, pois levam a lavoura a atingir seu potencial de produção para aquela condição de solo e clima”, explica Cantarella.
Com base no diagnóstico, é possível evitar o excesso do uso de produtos e assim minimizar gastos e impactos ambientais. Todos esses benefícios podem ser obtidos com baixo investimento, já que cada análise sai por R$ 30,00 a R$ 40,00.

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