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Secretaria de Agricultura e Abastecimento transfere técnicas de manejo para o cultivo de figo e goiaba

                O alinhamento entre o campo, o ambiente, a indústria, o consumidor e as pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, é um dos pilares desde sua fundação, em 1887. Reafirmando sua linha de atuação, o IAC realizou o XXVII Ciclo de Palestras de Fitossanidade nas culturas de figo e goiaba, em Campinas, no dia 21 de fevereiro de 2020 em atendimento à solicitação de consultores e produtores da região. O Brasil é um importante exportador dessas frutas, sendo São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina os principais estados produtores. A produção paulista é a segunda maior, representando 38% da produção de figo e 34% de goiaba, de acordo com dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
                O evento abordou os diversos tipos de manejos para doenças e pragas de figo e goiaba, além de controle de fungos e pragas com óleo de citronela, enxofre e silício. Segundo a pesquisadora do IAC, Margarida Fumiko Ito, o bom manejo fitossanitário envolve um adequado sistema de cultivo, preparo do solo, material de plantio sadio, inspeções periódicas, eliminação de plantas doentes e restos de culturas da área e não deixar culturas abandonadas, pois estas podem ser fontes de pragas e fitopatógenos, que podem contaminar culturas vizinhas. “Ainda é necessário fazer o bom manejo do solo, irrigação adequada, poda, controle biológico, lavar e desinfetar ferramentas, implementos, sapatos, botas e outros, utilizados em culturas contaminadas, com hipoclorito de sódio”, a cada operação, diz. São recomendados ainda cuidados como adoção de quebra-ventos e rotação de culturas.
Na região de Campinas, o município de Valinhos foi responsável pela produção de 3,6 mil toneladas de figo e de 14 mil toneladas de goiaba para mesa (IBGE, 2018). De acordo com Margarida, as duas culturas desempenham importante papel econômico e social para a região, no Circuito das Frutas. “As atividades desempenhadas no campo possibilitam geração de renda e emprego nos municípios”, diz.        
                As culturas de figo e goiaba são mais propícias para áreas de solo fértil, rico em matéria orgânica, úmido, porém sem encharcamento, e com diversidade de organismos benéficos. O clima ameno é propício ao seu desenvolvimento, porém adaptam-se à ampla faixa de temperatura. Para a pesquisadora do IAC, o solo é o principal substrato para a agricultura e dele se originam matérias-primas diversas para a produção de alimentos, além da capacidade do solo, conforme sua boa composição química, física e biológica, de reciclar materiais, filtrar e reter água.
                Outra recomendação feita pela pesquisadora do IAC é a adoção do uso de rotação de culturas, com plantio de leguminosas, preferencialmente, pois há aproveitamento da matéria orgânica produzida pela planta, além da assimilação de nitrogênio, que é disponibilizado à cultura. “O uso de leguminosas aumenta a produção de matéria orgânica no solo, podendo contribuir com o aumento da biodiversidade de organismos benéficos”, comenta Margarida.
Esses organismos contribuem no controle de pragas e doenças das culturas. Além disso, a matéria orgânica melhora as estruturas física, química e biológica do solo, fazendo com que as raízes consigam se aprofundar mais. Esse aprofundamento melhora e proporciona maior volume do sistema radicular, otimizando a absorção de água e nutrientes, tornando a planta mais vigorosa e menos suscetível ao estresse hídrico e ataques de pragas e fitopatógenos.

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