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Secretaria de Agricultura fará treinamento em sanidade do café para produtores de Franca

Evento do Programa de Sanidade em Agricultura Familiar (Prosaf) terá palestras sobre pragas, doenças e nematoides que atacam o cafeeiro

            Produtores rurais da região de Franca, no interior paulista, receberão treinamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo em manejo fitossanitário do café, em 7 de agosto de 2019, a partir das 9h. A ação ocorrerá por meio do Programa de Sanidade em Agricultura Familiar (Prosaf), da Secretaria de Agricultura, que será realizada com o objetivo de transferir conhecimento em pragas, doenças e nematoides, que atacam a cultura do café. O Prosaf atua a partir da demanda dos produtores rurais, associações e cooperativas para ajudar a melhorar questões sanitárias relacionadas à produção agropecuária. Em dez anos de atividade, mais de quatro mil pequenos e médios produtores receberam orientação pelo programa. Só em 2018, os treinamentos do programa receberam público de 400 pessoas.O Prosaf é coordenado pelo Instituto Biológico (IB-APTA) e conta com apoio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS).

            Durante o treinamento, os produtores receberão informações sobre os nematoides que atacam a produção cafeeira. Os nematoides são parasitas que vivem, principalmente, no solo e atacam o sistema radicular de plantas de diversas culturas, inclusive o café. Segundo a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), os nematoides podem causar prejuízo de R$ 35 bilhões ao ano ao agronegócio brasileiro. Estima-se que eles causem redução de 20% da produção cafeeira do País.

            De acordo com Claudio Marcelo Gonçalves de Oliveira, pesquisador do Instituto Biológico (IB-APTA), São Paulo tem legislação referência para evitar a produção de mudas contaminadas por nematoides. Os esforços paulistas na área foram reconhecidos como exemplo pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Os nematoides fitoparasitos são limitantes ao cultivo do cafeeiro, principalmente em solos arenosos, com baixa fertilidade e deficiência hídrica. Diversas espécies estão associadas à cultura, mas as pertencentes aos gêneros Meloidogyne e Pratylenchus são comprovadamente nocivas”, afirma. Esses dois gêneros destroem severamente o sistema radicular do cafeeiro, limitando a manutenção das áreas infestadas e a implantação de novos cultivos.

            O controle mais eficiente e econômico, segundo o pesquisador do IB, é a prevenção. Para isso, o produtor precisa evitar o ‘plantio de nematoides’, ou seja, não utilizar mudas contaminadas em sua propriedade. “É necessário que o produtor adquira mudas certificadas, comprovadamente isentas de nematoides. Ele precisa entender que não é gasto extra adquirir mudas certificadas, mas sim, a garantia de sucesso da sua produção”, explica.

            A identificação dos nematoides no campo nem sempre é possível apenas com a observação dos sintomas, que consistem em galhas radiculares, redução de radicelas e lesões nas raízes. “Por isso, é importante que o agricultor envie amostras para serem analisadas em laboratórios. O IB mantém em Campinas, interior paulista, o Laboratório de Nematologia, em que são realizadas, aproximadamente, 600 diagnósticos por ano e é referência brasileira em estudos e prestação de serviços na área”, afirma.

Pragas

            Pesquisadores do IB também farão palestras aos produtores em pragas do cafeeiro. Os estudos do Instituto na área envolvem o controle biológico de ácaros, avaliação de cultivares e clones de café quanto à suscetibilidade aos principais ácaros-pragas, incluindo clones com resistência ao bicho-mineiro e a nematoides. Além disso, os trabalhos buscam identificar a diversidade dos ácaros nas diversas regiões produtoras de café, avaliar os inimigos naturais com potencial para controle biológico e analisar o efeito de defensivos químicos e agentes de controle biológico sobre os diferentes ácaros presentes nos cafeeiros.

Doenças

            Serão abordadas as principais doenças que afetam a cultura do cafeeiro e os desafios impostos por elas nos cenários de distúrbios climáticos e na cafeicultura de alta produtividade, característica da Alta Mogiana.

“As crescentes produtividades obtidas pelos produtores de café, bem como distúrbios climáticos, como geadas, chuvas de pedra, chuvas torrenciais e veranicos, tornam as doenças ainda mais limitantes e com necessidade de mais atenção”, afirma Flávia Rodrigues Alves Patrício, pesquisadora do IB.

            Na palestra serão abordados aspectos relevantes das epidemias de cada doença e os tratamentos fitossanitários estudados pelo Instituto Biológico e seus parceiros.

SERVIÇO

Prosaf – Manejo Fitossanitário do Café

Data: 07 de agosto de 2019

Horário: 9h

Local:Rua Capitão Zeca de Paula, 883, Jardim Consolação – Franca

 

Por Fernanda Domiciano

Assessoria de Imprensa – APTA

19 2137-8933

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