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Tangerina: Tendências No Cultivo No Estado De São Paulo

As tangerinas ganham, a cada dia, maior preferência entre os consumidores, especialmente das frutas sem sementes.1 Os produtores estão aprendendo a superar as barreiras que cerceiam sua produção econômica, notadamente os problemas relacionados a pragas e doenças. A produção mundial de frutos cítricos experimentou forte crescimento nas últimas décadas, quando os níveis de consumo total e per capita cresceram de forma espetacular. Uma visão panorâmica do consumo mostra uma gritante divergência entre os hábitos da população dos países asiáticos, que prefere as tangerinas, e a do Ocidente, que consome laranjas e suco de laranja processado. Todavia, a apreciação das tangerinas também começa a crescer no Ocidente. Elas já representam 17% de toda a produção mundial de frutas cítricas e a tendência é continuar em expansão. Os maiores aumentos vieram da Espanha, com suas bem-sucedidas exportações de Clementina sem sementes dentro da Europa e, mais recentemente, para os Estados Unidos. As tangerinas diferem das laranjas, porque sua produção se destina quase que exclusivamente ao mercado de frutas frescas. Os maiores produtores são China, Espanha e Japão, que, em conjunto, perfazem 62% do total mundial de 14 milhões de toneladas, seguidos por Brasil, Coréia, Paquistão, Itália, Turquia, Egito e Estados Unidos. A Espanha responde por mais da metade de toda a exportação mundial de tangerinas. Já a China, com sua produção de 6 milhões de toneladas, é um exportador potencial2. As exportações brasileiras de tangerinas enfrentam ainda muitas barreiras tarifárias e técnicas que precisam ser superadas localmente, como a armazenagem e, principalmente, os períodos de maturação e colheita muito estreitos, além da deficiência de equipamentos especiais para os tratamentos pós-colheita, que aumentariam a sua vida de prateleira e, conseqüentemente, o seu valor. Ainda assim, o Brasil registrou um aumento acentuado de 1990 a 2000, quando os volumes exportados quase triplicaram, e nos últimos anos atingiu média de 17mil toneladas. Concomitantemente, a fruta vem se valorizando, visto que os preços médios chegaram a US$501 a tonelada em 2005 quando em 1990 eram de US$307 (tabela 1).

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