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Tilápia é o peixe mais produzido em viveiros escavados, no Médio Paranapanema

Estudo sobre a piscicultura na região paulista do Médio Paranapanema mostra que, na safra 2007/08, que a tilápia foi a espécie de peixe mais produzida (21,6%) nos viveiros escavados, seguida do pacu (20,7%), da patinga (20,4%), tambacu (18,6%), piauçu (6,2%) e outras espécies (12,5%). Já no caso dos tanques-rede, a tilápia foi a única espécie explorada. O trabalho foi elaborado por pesquisadores do Pólo Regional do Médio Paranapanema/APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial/FCA/UNESP-Botucatu. Foram identificadas 360 propriedades, distribuídas numa área de 376,3 hectares de espelho d´água em viveiros escavados e de 2,5 hectares em tanques-rede. “Verificou-se que a piscicultura no Médio Paranapanema tende à estabilização da área de espelho d´água explorada no sistema de viveiros escavados, com perspectiva de aumento do número de produtores e da produtividade no sistema de cultivo em tanques-rede visando atender à demanda industrial”, dizem os autores do trabalho. Cerca de 90% da produção dos viveiros escavados é comercializada para os pesqueiros ou pesque-pague e o restante é destinado às indústrias, supermercados locais, peixarias e mercado informal (diretamente ao consumidor final), revelam os pesquisadores Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto, Maura Seiko Tsutsui Esperancini, Osmar de Carvalho Bueno, Luiz Marques da Silva Ayrosa e Daercy Maria Monteiro de Rezende Ayrosa. A espécie mais procurada pelos pesqueiros é a tilápia (60%), seguida de peixes redondos como pacu, patinga e tambacu (15%) e piauçu (10%). Já a produção de pescado em sistema de tanques-rede atende basicamente a demanda industrial. O estudo foi realizado em 20 municípios situados na área de abrangência do Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (CIVAP). O levantamento de campo teve o apoio financeiro do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO). Constatou-se que a piscicultura em viveiros escavados na região é desenvolvida, na maioria, em propriedades de pequeno e médio porte (até 50 hectares). Já a criação em tanques-rede é praticada por médios e grandes produtores e associações de produtores rurais. No município de Cândido Mota foi encontrado o maior número de propriedades (95), seguido de Assis (45), Palmital (39) e Maracaí (35), representando 59% do número total de propriedades de piscicultura da região. Os municípios de Cândido Mota (103,6 hectares) e de Palmital (93,4 hectares) apresentaram a maior área de espelho d´água explorada pela piscicultura. Preços O preço do quilo de peixe vivo, das diversas espécies cultivadas, vendido pelos produtores variou entre R$ 2,80 e R$ 4,50 na safra 2007/08, segundo o estudo. A oscilação média dos preços comercializados nos pesqueiros foi de R$ 5,00 a R$ 6,90 por quilo de peixe, independente da espécie. O ciclo médio da tilápia foi de sete meses e o das demais espécies, de 14 meses. Os problemas da piscicultura do Médio Paranapanema, constatados pelos pesquisadores, são a escassez de assistência técnica, morosidade na legalização dos projetos aquícolas, comercialização (inadimplência) e restrição de acesso ao crédito rural estadual e federal. “Assim, os piscicultores que atuam em sistemas de viveiros escavados devem ter suas atividades estimuladas com a alternativa da produção de peixe juvenil voltada ao abastecimento dos projetos de tanques-rede, além da permanência da venda do pescado aos pesque-pagues, sendo o policultivo uma opção para agregação de valor na propriedade rural”, concluem. A íntegra do estudo foi publicada na edição de outubro/2008 da revista “Informações Econômicas”, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), cuja versão eletrônica já está disponível no site www.iea.sp.gov.br. Assessoria de Comunicação da APTA José Venâncio de Resende/Maitê Laranjeira da Silva 11-5067-04

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