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Verminose é doença severa em ovinos e caprinos

A verminose é uma das principais barreiras a ser superada pelos criadores de ovinos e caprinos. Ela acomete animais de todas as idades e pode levar – se não for controlada a tempo – a grandes perdas econômicas, com redução da produtividade de carne ou leite e até mesmo com baixas no rebanho.

A contaminação é feita pela ingestão das larvas dos vermes que ficam no solo, nas pastagens e nos bebedouros. Para os animais jovens, a conseqüência é o retardamento do crescimento. Para os adultos, a conseqüência é a perda de peso, queda na produção de leite ou de carne e redução da fertilidade. Os vermes mais patogênicos que causam maior mortalidade nos rebanhos pertencem aos gêneros Haemonchus e Trichostrongylus.

O professor Miguel Joaquim Dias afirma que o clima quente e úmido predominante em Goiás favorece as verminoses (ou helmintoses). Por isso, diz, os criadores devem tomar os cuidados necessários para evitar a contaminação do rebanho. Os parasitos se alimentam de sangue causando a anemia.Ele ministra a disciplina de Produção de Caprinos e Ovinos na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG) e é também um criador de ovinos.

Cuidados

O professor diz que o controle das verminoses depende essencialmente das condições de criação dos animais. O princípio básico é mantê-los em boas condições corporais, o que requer um plano de alimentação adequado. mas ter animais bem-alimentados não é tudo. É preciso também cuidar da higienização dos apriscos e adotar técnicas de manejo que também contribuem para controlar os vermes. Por fim, também é preciso adotar a desverminação (aplicação de vermífugos) periodicamente.

As pesquisas sobre verminoses em caprinos e ovinos recomendam quatro vermifugações durante o ano. A primeira, no início do período seco; a segunda, aproximadamente 60 dias após a primeira; a terceira, no penúltimo mês da época seca; e a quarta em meados do período chuvoso. Miguel Dias lembra, entretanto, que até a periodicidade das desverminações dependem das condições de criação adotadas.

Conforme explica, quanto maior for o rebanho e maior for a freqüência dos animais nas instalações, maior também é o risco de contaminação. “Se a criação é muito intensificada e é em regime de semi-confinamento, o ideal é fazer desverminações em intervalos de 30 a 60 dias, por que o risco de contaminação é maior. Em criações extensiva ou confinamentos, elas podem ser mais espaçadas”.

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