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Cana-de-açúcar: parceria de IAC, FAPESP e setor privado para aumentar produtividade, de olho no etanol sustentável

O Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em parceria com o setor privado iniciou o projeto “Micronutrientes em Cana-de-Açúcar”, coordenado pelos pesquisadores José A. Quaggio e Estevão V. Mellis, do Centro de Solos e Recursos Ambientais. O projeto, com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), tem o objetivo de avaliar a resposta da cultura à adubação com micronutrientes (boro, cobre, manganês, molibdênio e zinco) em solos do Estado de São Paulo, especialmente em solos de baixa fertilidade. 
“Foi adotada uma nova estratégia de experimentação em relação às pesquisas anteriores, baseada em doses mais elevadas (suficientes para 3 a 4 anos) e fontes solúveis desses micronutrientes e, portanto, prontamente disponíveis para as plantas.  Assim, entre 2006 e 2008 foi instalada uma rede de quinze ensaios em diferentes ambientes de produção de cana, das mais importantes regiões canavieiras do Estado de São Paulo.”
Além dos pesquisadores do IAC, participam do projeto treze unidades produtoras de açúcar e álcool do Estado de São Paulo: Usina Branco Peres, Usina Moema, Usina Batatais, Usina São João, Usina da Pedra, Usina Nova América, Usina Cocal, Usina Guaíra, Usina Colorado, Grupo Virgulino Oliveira (Unidades José Bonifácio e Itapira), Usina Guarani, Usina Vista Alegre e Grupo Cosan (Unidade Costa Pinto).
Um dos motivos do projeto é a baixa produtividade da cana-de-açúcar (média de 80 toneladas por hectare), dizem os pesquisadores. “Um dos fatores que contribui para essa baixa produtividade é a expansão da cultura em áreas com solos de baixa fertilidade, especialmente no Estado de São Paulo. Esses solos exigem manejo mais aprimorado da fertilidade para se obter produções economicamente viáveis. Portanto, além da correção da acidez do solo com a calagem, adubação NPK e rotação de culturas com leguminosas como a soja, amendoim ou adubos verdes, os micronutrientes boro, cobre, manganês, molibdênio e zinco estão se tornando a cada dia mais necessários à produtividade e qualidade da cana.”
Segundo os coordenadores do projeto, os ganhos de produtividade proporcionados pelos micronutrientes na cana-de-açúcar vão além do simples fato de se produzir mais e aumentar a rentabilidade da cultura.  “Atualmente com o interesse crescente por biocombustíveis no mundo, há uma grande demanda pela produção de etanol de cana-de-açúcar no País, o que tem feito com que a área ocupada pela cultura cresça a cada dia. Essa expansão tem gerado crítica por parte da comunidade internacional, que chegou a considerar o Brasil como o principal responsável pela crise mundial de alimentos, alegando-se que a cana-de-açúcar tem ocupado áreas antes destinadas à produção de grãos. Essa expansão também é apontada como uma das principais causas do desmatamento da Amazônia.”
Assim, os pesquisadores do IAC acreditam que o uso de micronutrientes na cana-de-açúcar poderá vir a ser uma solução eficaz para frear essa expansão, evitando dessa maneira restrições de exportação ao etanol brasileiro por barreiras não tarifárias. “Os ganhos de produtividade com a adoção desta nova tecnologia proporcionarão também ganhos de eficiência na logística de transporte até às unidades de produção. Portanto, com balanço energético ainda mais favorável e competitivo, comparado a outras fontes de energia renovável, como por exemplo, o etanol de milho, tornará a produção de etanol de cana-de-açúcar ainda mais sustentável.”
Veja a íntegra do artigo “Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais”
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424
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