As chuvas que têm atingido a região de Campinas estão melhorando o cenário na agricultura, mas ainda assim é preciso atenção, de acordo com o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, Orivaldo Brunini. Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometereológicas (CIIAGRO), do IAC, de 1º a 18 de março choveu 231,4 mm, superando a média do período de 156,1 mm. Na última segunda-feira, 16, o volume registrado foi de 65,8 mm em Campinas.
Para a agricultura isso é muito bom, pois aumenta a reserva hídrica dos solos, favorecendo o desenvolvimento e o crescimento das plantas, porém muitos dias nublados podem afetar o pendoamento de algumas culturas, como o milho-safrinha, e favorecer o surgimento de doenças, diz o pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Segundo Brunini, as chuvas são favoráveis à cana já plantada, mas a continuidade das águas pode afetar o plantio e a colheita de milho verão e soja, além de prejudicar o preparo do solo para o plantio do trigo e da cana-de-açúcar.
Em Bragança Paulista e Nova Odessa os volumes de chuvas também foram considerados altos, atingindo 101,0 mm e 137,0 mm, respectivamente. Em Piracicaba, a precipitação foi baixa, com 70,0 mm. Para esses municípios, as médias são de 147,4 mm para Bragança Paulista, 145,5 mm para Nova Odessa e 173,4 mm para Piracicaba. O excesso de chuvas, ou chuvas fortes, ocasionam erosão do solo e inundação, o que não é favorável nem para o campo nem para as cidades, afirma Brunini.
Texto: Diana Azevedo - Estagiária de Assessoria de Imprensa IAC