Estudo realizado por pesquisadores do Pólo Centro Leste propõe nova forma de avaliação dos cafezais para controle do bicho-mineiro
Data da postagem: 29 Maio 2007
Pesquisadores do Pólo Regional do Centro Leste, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, concluíram pesquisa que resultou em nova forma de avaliação da população do bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) em plantações de café. Os resultados indicaram que a prática de avaliar a praga pelo número de folhas com lesões causadas pelas lagartas do bicho-mineiro não traduz o nível real de infestação do cafezal.
A pesquisadora Rogéria Inês Rosa Lara explica que o nível de controle do bicho-mineiro nos cafezais deve levar em conta o total de lesões causadas pela praga, assim como o número de lesões com sinais de atividade de vespas predadoras e/ou de parasitóides. Segundo a pesquisadora, a avaliação mais minuciosa das folhas dos cafezais traduz a real infestação da cultura pela praga em questão.
Os pesquisadores do pólo aproveitam para ressaltar que o bicho-mineiro é uma das principais pragas das plantações de café de todo o país; de origem africana, ela entrou no país por volta de 1851, provavelmente através de mudas de café infestadas, provenientes das Antilhas e da Ilha de Bourboun. Atualmente, esta praga também está presente em outros países da América Latina e no continente africano.
A análise, desenvolvida pelos pesquisadores Rogéria Inês Rosa Lara e Nelson Wanderley Perioto, faz parte do projeto de pesquisa "Dinâmica populacional de hemerobiídeos (Neuroptera, Hemerobiidae) e dos artrópodes fitófagos (bicho-mineiro, ácaros vermelho e da mancha-anular e as cochonilhas verde e branca) em cultivos de café Coffea arabica L. (Rubiaceae)" e foi um dos sete escolhidos, dentre 35 trabalhos, para apresentação oral no 5° Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, realizado em Águas de Lindóia (SP) no início do mês maio, onde foram discutidas e apresentadas pesquisas sobre os avanços relacionados à cadeia produtiva do café.
Mais informações sobre o projeto desenvolvido pelo Pólo Regional do Centro Leste com a pesquisadora Rogéria Inês Rosa Lara, pelo e-mail rirlara@aptaregional.sp.gov.br ou pelo fone: (16) 3626-1609.
Texto produzido pela Assessoria de Comunicação da Apta Regional.