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Preços agrícolas caem 1,20% na quarta quadrissemana de abril

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) – que mede os preços pagos ao produtor rural - encerrou abril com queda de 1,20%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O recuo foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem vegetal que caiu 2,23%, já que o índice dos produtos de origem animal subiu 1,37% no período. A exclusão da cana-de-açúcar do cálculo faz com que os índices geral e dos produtos vegetais terminem o mês com quedas mais acentuadas, respectivamente de 2,33% e de 5,84%.
Porém, no acumulado de 12 meses, os índices geral e dos produtos vegetais registraram expressivas variações positivas, ou seja, de 23,46% e de 32,25%. Já o índice de preços dos produtos animais apresentou alta acumulada de 1,49%. Sem a cana-de-açúcar, o índice geral fica praticamente estável (21,34% ), enquanto o índice dos produtos vegetais tem significativa alta de 40,65%, puxado pelo principalmente pelo preço do feijão, que de abril de 2009 a abril de 2010 subiu  83,18%.
As quedas mais significativas ocorreram nos preços da laranja para mesa (23,31%), do tomate para mesa (19,32%), da laranja para indústria (13,09%), da carne de frango (7,71%) e do trigo (3,28%). A pressão para baixa nos preços da laranja de mesa manifesta-se em função do final do verão, quando se reduz o consumo de sucos caseiros, na mesma medida em que surge maior oferta pela entrada da safra, dizem os pesquisadores do IEA José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti.
Isto ocorre num contexto em que, na entrada da safra, os preços internacionais da laranja para indústria e a valorização cambial indicam preços em queda, explicam os analistas. “O comportamento dos preços é preocupante por indicar enorme similaridade para conformar realidade de preços não-remuneradores como a realidade vivida no ano de 2009, numa situação em que a história se repetiria como tragédia para os citricultores.”
Já a queda do preço do tomate reflete a entrada dos novos plantios, dizem os técnicos do IEA. “Estimulados pelos altos preços do início de março, produtores de várias regiões ampliaram suas produções de tomate, o que deve levar a nova queda acentuada de preços. Outro fator que contribui para queda do preço foi a diminuição do consumo devido ao alto preço no mercado varejista.”
Na carne de frango, a ampla oferta e a queda da remuneração das exportações pela valorização cambial, aliadas à oferta de carne bovina barata, impulsionaram os preços para baixo. Por outro lado, os menores preços da carne de frango refletem a redução dos custos de produção, esta derivada dos preços de milho e soja que continuam em patamares muito baixos.
 No caso do trigo, no exato momento em que se inicia o plantio da safra nacional os preços recuam frente a uma conjuntura de valorização cambial e de oferta não restrita no mercado internacional, mostra a análise. “Esse fato pode formar expectativas pouco animadoras para o plantio do trigo brasileiro, cujos impactos poderão ser dimensionados de forma adequada na entrada do segundo semestre quando a área plantada e o andamento da safra estarão dados.”
As altas mais expressivas foram verificadas nos preços do feijão (25,68%), do algodão (9,77%), do amendoim (8,75%), da carne bovina (5,35%) e do leite B (4,30%). “Os preços recebidos pelos produtores paulistas de feijão continuam na sua escalada de alta. O abastecimento metropolitano de feijão no Brasil dá-se por safras complementares e seqüenciais durante o ano que iniciam com a colheita dos plantios das águas catarinenses, paranaenses e depois paulistas.”
No período de colheita da safra das águas, prosseguem os pesquisadores do IEA, os preços não estiveram remuneradores e desestimularam (ou atrasaram) os plantios da safra subseqüente do período das secas, em especial em São Paulo e Paraná. Isto gerou escassez que catapultou os preços. De imediato, até a colheita da safra da seca em curso e o plantio da safra de inverno, nada indica que venha a ocorrer refluxo desta escalada altista. “Ressalte-se que nessa gangorra, agora, o consumidor paga mais caro, mas a renda agropecuária bruta não se mostra maior.”
Link: íntegra da análise
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
Maitê Laranjeira/Eliane Cristina da Silva
(11) 5067-0424
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