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Preços agrícolas: estabilidade na primeira quadrissemana de janeiro

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, manteve-se estável na primeira quadrissemana de janeiro (variação positiva de apenas 0,03%), de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O grupo de produtos de origem vegetal subiu 0,65%, enquanto o índice de preços dos produtos de origem animal recuou 1,64%.
Entre os produtos analisados, oito apresentaram alta nos preços (seis do segmento vegetal e dois no setor animal), enquanto 12 sofreram queda (oito da área vegetal e quatro do setor animal). As altas mais significativas ocorreram nos preços do feijão (16,26%); dos ovos (8,51%); da laranja para indústria (8,32%); da carne suína (7,37%); e da banana nanica (4,13%).
Com o atraso na colheita das águas do feijão, que foi plantada mais tarde que o habitual, as colheitas de dezembro e as perspectivas para o início de janeiro mostrarem-se insuficientes frente às pressões de demanda, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves. Já a antecipação dos descartes de aves, com o intuito de se reduzir os custos com ração, diminuiu a oferta de ovos desde o início de dezembro.
No caso da laranja para indústria, a desvalorização cambial e a entrada da entressafra levaram a preços mais elevados face às disposições contratuais. Já as cotações da laranja de mesa são menores, mesmo com a elevada procura nesta época do ano para o consumo de sucos em restaurantes, lanchonetes e residências, explicam os analistas do IEA.
As festas de final de ano tiveram impacto direto nos preços da carne suína, mais elevados para esse produto que é considerado diferenciado pelos consumidores nessas oportunidades, observam os técnicos. No caso da banana nanica, as temperaturas atipicamente amenas de novembro e dezembro de 2011 retardaram a formação dos cachos, impedindo o aumento da oferta característico do padrão sazonal da fruta e mantiveram a maior propensão ao consumo que se verifica na primavera.
As quedas mais relevantes foram verificadas nos preços da batata (29,12%); do amendoim (6,65%); do tomate para mesa (6,17%); da carne bovina (4,67%) e do algodão (3,57%).
A íntegra da análise está disponível em www.iea.sp.gov.br.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424
 

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