Data da postagem: 14 Maio 2013
Em 14 de maio, o Instituto Agronômico (IAC-APTA), de Campinas, realiza o VIII Dia de Campo de Tangerina e o XVI Dia de Tangerina. Os eventos serão realizados em Águas de Lindóia, São Paulo, das 8h às 16h. Os eventos discutirão os diversos aspectos relacionados à produção e mercado.
O pesquisador do IAC, Fernando Alves de Azevedo, ministrará a palestra “Manejo Cultural para Tangerinas”. Um dos temas abordados na apresentação será o uso de quebra-vento na cultura da tangerina. “Embora seja uma prática antiga e eficiente, nem todos os produtores a usam, por isso reforçamos a importância dessa técnica”, diz o pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O quebra-vento é usado como prática de manejo para a citricultura de três formas – como prevenção de ocorrência de geada, barreira física para controle da disseminação de pragas e doenças e na qualidade dos frutos destinados ao mercado de frutas frescas, a serem consumidas in natura.
Azevedo explica que são utilizadas espécies de porte alto ao redor da propriedade, como eucaliptos, para o desvio do vento. Uma barreira ideal está em torno de 10 a 15 metros de altura. “A cada um metro de altura, do quebra-vento, desvia-se a rota do vento em dez metros e também há a diminuição da sua velocidade”, diz o pesquisador. Entre os talhões são utilizadas árvores menores, como Casuarina, Grevilia e Sansão, para não sombrear as plantas de tangerinas. “Tem que ser bem calculado como será executado o quebra-vento para que as plantas não entrem em competição por água, nutriente e espaço, comprometendo a produtividade”, afirma Azevedo.
Os produtores podem contornar os problemas relacionados a essa competição medindo bem as distâncias entre plantas, cortando raízes e utilizando telas ou painéis nas lavouras. A utilização de quebra-vento também colabora para adensamento das áreas. De acordo com dados de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produz 1.1 milhão de toneladas de tangerinas por 53 mil hectares. O Estado de São Paulo colabora com 383 mil toneladas, em 14 mil hectares. As principais regiões paulistas produtoras são Socorro, Mogi Mirim e Itapetininga, sendo as variedades Ponkan, Mexerica do Rio e a Mexerica Cravo as mais utilizadas. A produção é praticamente consumida no mercado interno.
O pesquisador informa que é recomendado uso de luva na colheita para não danificar a casca e também cortar o pedúnculo do fruto tangerina próximo ao fruto para não machucar as outras frutas.
Na palestra também será abordado o uso da roçadeira ecológica, uma prática adotada, recentemente, na citricultura que utiliza a vegetação das entrelinhas dos pomares em benefício da própria cultura. Essa roçadeira lança toda a massa vegetal da entrelinha para a linha de cultivo, onde estão as plantas de tangerina. A manutenção da cobertura do solo, tanto pela vegetação nativa quanto por cobertura vegetal implantada, aliado ao correto manejo químico e físico do solo, vem sendo um dos fatores condicionantes para obtenção de maiores produtividades dos pomares de citros.
A técnica do raleio de frutos também será tema da palestra, e, segundo Azevedo, para a produção de frutos de mesa em pequenas propriedades, com o uso da mão de obra familiar, como é o caso da região de Socorro, é mais recomendável a prática do raleio manual, que consiste na retirada dos frutos ainda jovens. Apresenta as vantagens de evitar a alternância de produção e aumentar o percentual de frutos de boa qualidade.
O Centro de Citricultura promove constantemente eventos que abordam técnicas de manejo.
Serviço
VIII Dia de Campo de Tangerina
Data: 14 de maio de 2013
Horário: das 8h às 16h
Local: Tênis Clube Estância Azul, Avenida Circuito Turístico das Montanhas, km 3, Águas de Lindóia/SP
Texto: Mônica Galdino (MTb 47045)
Assessora de Imprensa – IAC
19 – 2137-0616/613