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Queda da produção paulista de leite reduz emprego formal na cadeia produtiva

Em sete anos, a produção paulista de leite caiu do segundo para o quinto lugar, afetando o mercado de trabalho formal da cadeia produtiva do setor. O Estado de São Paulo, que já foi um dos maiores produtores de leite do país, começou a perder posição em 1998 para Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná. A queda da produção foi de 12,1%, passando de 1,9 milhão de litros para 1,7 milhão de litros de leite, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o que mostra artigo dos pesquisadores Rosana de Oliveira Pithan e Silva e Carlos Eduardo Fredo, publicado na edição de julho/2008 da revista Informações Econômicas, cuja versão eletrônica está disponível no site do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Entre as causas da perda de espaço do Estado no cenário nacional, destaca-se o crescimento da produção leiteira em outros estados, induzida principalmente pelas facilidades proporcionadas aos produtores. Na região Centro-Oeste, os fatores de estímulo foram o baixo valor das terras, o baixo custo de concentrado para rações e a disponibilidade de linha de crédito do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), com juros mais acessíveis e maior carência em relação ao mercado. Segundo os pesquisadores, deficiências organizacionais fizeram com que São Paulo não reagisse a essa situação de decadência. Mercado de trabalho – Os pesquisadores do IEA analisaram o mercado de trabalho na cadeia de produção do leite, a partir da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados da RAIS “prejudicaram uma análise do impacto da queda da produção de leite no estado na geração de emprego no setor produtivo”, pois a RAIS não separa os dados do setor leiteiro da pecuária de corte, além do predomínio da mão-de-obra familiar. “Nos resultados obtidos, constatou-se que a redução da produção de leite paulista interferiu na geração de empregos formais, principalmente no processamento do leite e no comércio atacadista”, explicam. Segundo dados da RAIS, com relação ao número de postos de trabalho formal, a fabricação e preparação do leite diminuiu de 4.553 em 1995 para 2.999 em 2006. No comércio atacadista, a queda foi mais acentuada: de 17.876 postos de trabalho em 1995 para 3.728 em 2006. Propostas - Uma forma de os produtores paulistas recuperarem a forte presença no mercado leiteiro nacional seria por meio da organização de cooperativas e do fortalecimento das que já existem. “Em curto prazo, a opção mais viável é que os produtores passem a praticar a compra de insumos e bens de produção em conjunto. A reestruturação do sistema cooperativo paulista de leite, tão importante para o desenvolvimento da produção leiteira de São Paulo, também é uma forma de debelar a crise”, afirmam os pesquisadores do IEA. Além do fortalecimento do cooperativismo, os autores propõem: “ A educação dos pequenos produtores, por meio da recuperação de um trabalho de extensão rural e de ações de assistência técnica, é outra forma que pode contribuir para a melhora da produção e da qualidade final do leite com pouco investimento”, além de manter o produtor na atividade com aumento em sua produtividade. José Venâncio de Resende Assessoria de Comunicação Social da APTA (11) 5067-0424/0435 processamento do leite e no comércio atacadista”, explicam. Segundo dados da RAIS, com relação ao número de postos de trabalho formal, a fabricação e preparação do leite diminuiu de 4.553 em 1995 para 2.999 em 2006. No comércio atacadista, a queda foi mais acentuada: de 17.876 postos de trabalho em 1995 para 3.728 em 2006. Propostas - Uma forma de os produtores paulistas recuperarem a forte presença no mercado leiteiro nacional seria por meio da organização de cooperativas e do fortalecimento das que já existem. “Em curto prazo, a opção mais viável é que os produtores passem a praticar a compra de insumos e bens de produção em conjunto. A reestruturação do sistema cooperativo paulista de leite, tão importante para o desenvolvimento da produção leiteira de São Paulo, também é uma forma de debelar a crise”, afirmam os pesquisadores do IEA. Além do fortalecimento do cooperativismo, os autores propõem: “ A educação dos pequenos produtores, por meio da recuperação de um trabalho de extensão rural e de ações de assistência técnica, é outra forma que pode contribuir para a melhora da produção e da qualidade final do leite com pouco investimento”, além de manter o produtor na atividade com aumento em sua produtividade.

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