Estudos sobre o comportamento e a biologia do robalo-peva, Centropomus parallelus, no ambiente natural e sobre o manejo alimentar em criação foram realizados pelo Polo Vale do Ribeira/APTA Regional, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Essas pesquisas vão subsidiar os próximos trabalhos para a obtenção de tecnologia de criação dessa espécie nativa, de acordo com a pesquisadora Camila Fernandes Corrêa (cfcorrea@apta.sp.gov.br).
A criação do robalo-peva em água doce é uma das novas linhas de pesquisa desenvolvidas nessa unidade. O Polo Vale do Ribeira atua ainda em diversas áreas da piscicultura continental como, por exemplo, criação em tanque-rede e viveiros escavados; estudo de tilápia, matrinxã, cachara e tambacu; e manejo, reprodução e nutrição de peixes.
O robalo-peva é um peixe carnívoro que ocorre praticamente em toda a costa brasileira. Tem o hábito de nadar longas distâncias rio acima, trocando assim o ambiente marinho pelo de água doce à procura de alimento.
No Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo, a espécie é muito conhecida por pescadores artesanais e esportivos no estuário de Cananéia e Iguape e no rio Ribeira, na região de Registro e Eldorado, a mais de 100 km da costa. Segundo relatos de pescadores, há diferença de sabor e composição da carne entre o robalo capturado no mar e no rio. Com a finalidade de avaliar essa diferença, há um estudo de análise sensorial do filé do robalo-peva proveniente desses dois ambientes no Vale do Ribeira.
Dentre os peixes com alto valor comercial no mercado brasileiro, o robalo ocupa lugar de destaque. Ele é considerado de excelente qualidade, pelo ótimo sabor de sua carne, sendo também muito apreciado na pesca esportiva. Na CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o robalo é um dos peixes com maior preço, muitas vezes superior ao de outros peixes altamente valorizados, como o salmão, explica Camila (adaptado do texto original do jornalista Antonio Carlos Simões).
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