O acompanhamento da safra paulista de grãos 2013/14 (algodão, amendoim, feijão das águas, arroz, milho e soja) indica acréscimo de 1,71% na área cultivada, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. A área total de plantio da atual safra alcançou 1,35 milhões de hectares contra 1,33 milhões de hectares na safra 2012/13. Os dados foram obtidos pelos técnicos das Casas de Agricultura em cada um dos 645 municípios paulistas no período de 11 a 22 de novembro de 2013.
Para a cultura do amendoim, o relativo aquecimento do mercado externo influenciou a decisão pelo plantio, sendo estimados 88,5 mil hectares cultivados com a leguminosa. Nesse movimento destacam-se os EDRs de São José do Rio Preto e de Tupã. Para o algodão a expectativa é de redução 4,7% na área plantada. A produção deve alcançar 2,55 mil arrobas, o que representa ligeiro aumento de 3,3% na comparação com a safra passada.
Quanto à cultura do arroz (sequeiro e várzea e irrigado), os resultados apontam retrações na área de 7,3% e na produção de 5,3%, contabilizando 70,4 mil t, com ganhos de 2,1% na produtividade. O cultivo de feijão das águas deve sofrer retração de 6,3% na área cultivada em 2013/14 ao registrar 51,6 mil hectares cultivados devido à expansão da sojicultura nas regiões tradicionais desse cultivo. A produção paulista prevista é de 108,2 mil toneladas, menor em 1,2% quando comparada à safra anterior.
Para a cultura do milho, embora o preço pago ao produtor esteja remunerador, o levantamento registra tendência de decréscimos de área plantada (6,8%). Portanto, a área semeada pelo cereal é prevista em 511,4 mil hectares. Esse resultado, em parte, pode ser justificado pelas condições do mercado internacional da soja, economicamente mais favorável, visto que essas atividades - milho e soja - competem por terra, com os produtores optando pelo plantio da leguminosa em detrimento do cereal.
Para a safra paulista 2013/14 da batata das águas o levantamento indica elevações na área plantada (2,9%), na produção (7,3%) e na produtividade (4,3%), esperando-se quantidade colhida de 211,1 mil toneladas produzidas em 8,0 mil hectares.
Em novembro conduz-se a primeira estimativa subjetiva da safra de café paulista. A estimativa inicial da safra 2013/14 atingiu o patamar de 4,9 milhões de sacas, representando incremento de 17,9% frente à safra anterior. Tal resultado decorre, particularmente, do ganho na produtividade média que poderá saltar das 22,35sc/ha para 24,73sc/ha, ou seja, expansão de 10,7% nesse quesito. Na bananicultura observou-se decréscimo de 1,2%na área plantada (59,4 mil hectare), porém, sem efeitos na produção que se deverá se expandir em 1,2% representando quantidade colhida de 1.207,2 mil t.
O terceiro levantamento das safras agrícolas do Estado de São Paulo, a ser efetuado em fevereiro de 2014, deverá trazer informações mais precisas sobre produções e produtividades para o ano agrícola 2013/14.
Resultados Finais da Safra 2012/13
A estimativa para a cana-de-açúcar destinada à indústria totalizou 5.501,8 mil hectares colhidos, com produção de 444,3 milhões de toneladas (incremento de 4,6% em relação a safra anterior). Em termos de produtividade, houve elevação de 1,9% com rendimento médio de 80,7 t/ha, influenciado tal desempenho pelas boas condições climáticas e maiores investimentos nos tratos culturais ocorridos no inicio da safra. Nos EDRs localizados no oeste paulista foram registrados aumentos de área mais significativos que nos demais cinturões produtivos estaduais.
A safra paulista de laranja estimada para 2012/13 encerrou-se com volume total de 286,4 milhões de caixas de 40,8 kg colhidas, ou seja, 19,4% inferior ao obtido na safra anterior. A tendência negativa deve-se tanto a fatores climáticos (períodos de sol intenso e pouca chuva), quanto a falta de investimento nos tratos culturais devido à baixa remuneração recebida pelo produtor. No decorrer da safra assinalou-se fenômenos como a maior incidência de doenças que vêm acometendo os pomares, (majoritariamente o
greening), associado à elevação da taxa de erradicação, que afetaram a estimativa final para essa fruta. Quanto ao destino da fruta permaneceu nos percentuais históricos, em que cerca de 80% do volume colhido teve como destino as indústrias processadoras de suco.
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Texto: Nara Guimarães