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Agricultura não deteriora qualidade da água na microbacia do Córrego da Olaria, aponta APTA

O Polo Regional de Pindorama, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, constatou qualidade da água dentro dos padrões determinados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) na Microbacia Hidrográfica do Córrego da Olaria, na região Noroeste do Estado de São Paulo. A ideia era avaliar se a presença da agricultura na região impactava a qualidade das nascentes e foz, que deságuam no Rio São Domingos, que corta sete cidades na região.
Os resultados foram apresentados durante o Encontro Técnico sobre Estudos Qualiquantitativos das Águas em Microbacia Hidrográfica Rural, realizado em 23 de setembro de 2016, na unidade de pesquisa da APTA. De acordo com o pesquisador do Polo Regional de Pindorama, Antonio Lucio Mello Martins, o objetivo do projeto foi avaliar a qualidade da água de seis nascentes e foz da microbacia do Córrego da Olaria, dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos e realizar a classificação do Índice da Qualidade da Água (IQA).
O resultado das amostras coletadas entre 2013 e 2014 foi que a qualidade das águas da Microbacia caracteriza-se pelo IAQ por boa e enquadra-se na classe 2 - segundo a resolução Conama 357/2005 a água é adequada para uso agrícola e biota aquática. “Isso mostra que os produtores rurais da região estão preocupados em fazer o manejo de forma adequada”, afirma o pesquisador da APTA.
Foram realizadas durante a pesquisa análises dos parametros pH, temperatura, oxigênio, DBO, turbidez, sólidos totais, dureza, nitrogênio total, nitrato, fósforo, coliformes totais e fecais e metais pesados. Em alguns locais, foi possível constatar a presença elevada de fósforo, nitrogênio e nitrato na água, além de variação de temperatura, oxigênio, pH e sólidos totais. “Essas alterações estão ligadas à ocorrência de manejo agrícola no entorno da microbacia, que possibilita a entrada de nutrientes provenientes do manejo do solo empregado no cultivo, além de nutrientes derivados da própria mata como a serapilheira e da geologia do local. Essas alterações mostram que a qualidade da água é fortemente dependente do uso e manejo do solo ou do estado de conservação das bacias hidrográficas, porém, estão dentro do limite esperado”, Martins.
Para o secretário Arnaldo Jardim, pesquisas como essa mostram que é possível se fazer uma agricultura harmônica com o meio ambiente. “Esta é uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin para a nossa Secretaria. O homem do campo é o melhor amigo da natureza”, afirma.
Encontro técnico
O objetivo do Encontro Técnico sobre Estudos Qualiquantitativos das Águas em Microbacia Hidrográfica Rural foi promover conhecimento, trocar experiências com a questão dos recursos naturais, impactos ambientais e sistemas de produção agrícola e pecuária em microbacia hidrográfica, para ampliação do conhecimento e ações futuras. “Encontros como esse possibilitam a aquisição de conhecimentos específicos que auxiliarão em trabalhos futuros. A atividade fortalece o intercâmbio científico entre as instituições e possibilita o avanço no estudo do tema, considerando as prioridades para gestão de água no Estado de São Paulo”, diz Martins.
O evento foi realizado pela Apta, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (Unesp Jaboticabal), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro e Alto Paraíba (Niea) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e promoveu o intercâmbio internacional com participação de docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Utad), Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (Citab), Vila Real, Portugal. O encontro reuniu pesquisadores, docentes, graduandos, pós-graduandos e profissionais técnicos.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA

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