Data da postagem: 04 Abril 2007
Uma das prioridades do novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, é a reestruturação do programa de controle e combate à febre aftosa.
Segundo ministro, técnicos do ministério estão preparando um estudo para dimensionar o tamanho do problema para adequar o orçamento existente às necessidades da defesa sanitária no Brasil. "Entre 60 e 90 dias, teremos esse levantamento pronto", disse o ministro.
Na avaliação de Stephanes, a defesa agropecuária é um ponto sensível e merece toda a atenção possível. No caso dos trabalhos na região de fronteira com o Paraguai e Bolívia, o ministro ressaltou que está sendo analisada a proposta de criação de uma área de segurança nos países vizinhos e o uso das forças armadas não está descartado.
Usando um tom conciliador, Stephanes disse que, como ministro, ele precisará ter a capacidade de administrar possíveis problemas de interesses conflitantes que possam existir entre os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário.
No que diz respeito aos transgênicos, o ministro disse que é preciso executar a política de governo e trabalhar dentro da lei de biossegurança existente, esquivando-se da pergunta sobre sua relação com o governador do Paraná, Roberto Requião. Ele ressaltou que existem sérios problemas dentro da CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, mas que o ministro precisa procurar estar sempre ao lado do produtor.
A proposta de criação do PAC Agrícola passou pelas mãos do ministro e já está sendo analisada pelos órgãos competentes. Segundo o ministro, muitas das propostas de investimento em infra-estrutura do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, apresentado pelo presidente Lula, já incluem o agronegócio como um dos principais beneficiários.
Stephanes voltou a afirmar que a taxa de juros do agronegócio de 8,75% por ano tem condições de ser reduzida. Segundo ele, o atual patamar foi estabelecido com uma inflação de 6% ao ano e uma taxa básica acima dos 20%.