Melhores índices de maturação da videira vinícola podem ser alcançados com o melhor aproveitamento das condições do meio, proporcionado pelas condições críticas da média altitude paulista que demandam rigor na condução da atividade. O vento, o quadrante do ano de maior disponibilidade hídrica, as janelas térmicas de verão e outono/inverno e os solos da região, por exemplo, podem em alguns casos armazenar água mais tempo do que o desejado para a melhor qualidade da uva e do vinho locais.
É o que concluem os pesquisadores Antonio Odair Santos, Glauco de Souza Rolim, José Luiz Hernandes e Mário José Pedro-Jr, do Instituto Agronômico (IAC-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Dados do ciclo da videira colhida no verão (poda normal, no inverno) e colhida no inverno (poda no verão), em São Paulo, dão boa idéia das condições de maturação da uva na média altitude paulista, dizem os pesquisadores. “Verifica-se que a maturação fisiológica da baga é jogada em quadrantes diferentes das estações do crescimento, no que se refere a soma térmica e disponibilidade hídrica, o que resulta em condições diferenciadas para a maturação tecnológica e fenólica da uva.”
Com base na análise dos dados, os pesquisadores sugerem que “as condições para a maturação fisiológica e fenólica da videira no outono/inverno (SI) são mais favoráveis, principalmente para Vitis vinifera. Para as variedades americanas híbridas, menos exigentes que as viníferas verdadeiras, as condições da SV (safra de verão) e da SI (safra de inverno) tendem a produzir resultados menos contrastantes, considerando-se somente a disponibilidade térmica e hídrica; a pressão fitopatológica esperada também é menor na SI, muito embora o desenvolvimento dos ramos da videira, neste período, ainda coincida com um período de precipitação mais intenso”.
Link: íntegra do artigo A maturação fisiológica da videira vinícola em São Paulo
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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