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Primeiro Censo Paulista de Cogumelos Comestíveis e Medicinais é realizado em São Paulo

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), realizou o primeiro Censo Paulista de Produção de Cogumelos Comestíveis e Medicinais. De acordo com o levantamento, existem 505 produtores de cogumelo em São Paulo com produção anual de 12.745 toneladas, aproximadamente. O censo mostrou que a produção mensal dos fungicultores varia de 80 quilos a 60 toneladas. O trabalho foi desenvolvido em conjunto com duas empresas relacionadas à fungicultura.
A iniciativa partiu da avaliação de dados coletados sobre a fungicultura, em que se notou que as informações eram restritas e falhas. “De acordo com os levantamentos anteriores, existiam 200 produtores de cogumelos no País. Porém, sabíamos que o número era muito superior pelos dados e contatos que tínhamos com fungicultores no Estado de São Paulo”, diz o pesquisador do Polo Regional de Monte Alegre do Sul da APTA, Daniel Gomes.
De acordo com o pesquisador, um cadastro de dados atualizado é importante para analisar as ferramentas que podem ser utilizadas para aumentar a produtividade da cadeia e melhorar a qualidade do cogumelo, além de auxiliar a entender como o produto final chega com um preço tão elevado ao consumidor. “Com o levantamento podemos ver quais dificuldades e oportunidades os produtores estão tendo para que possamos fomentar a cadeia e trazer um produto melhor ao consumidor final”, afirma.
Nesta primeira avaliação, foram registrados 505 produtores de cogumelos, sendo a grande maioria pertencente à agricultura familiar e pequeno ou médio produtores rurais e urbanos, localizados em 93 municípios do Estado de São Paulo.
A produção mensal destes agricultores é de 80 quilos a 60 toneladas, que corresponde a 1.062.008 toneladas de cogumelos por mês, gerando uma receita na ordem de R$ 21.240.017,00. O cultivo de cogumelo é responsável pela geração de 5.000 empregos diretos.  “Acreditamos que o número de produtores seja superior, pois muitos deles não responderam às chamadas. Por isto, pretendemos fazer este censo frequentemente para coletar dados sobre a cadeia e saber se ela continua crescendo”, diz Gomes.
De acordo com o levantamento, a renda líquida dos produtores varia de R$ 6 mil a R$ 18 mil, de acordo com o preço médio do Champignon de Paris,  que era de R$ 12 o quilo, aproximadamente, em 2015. Cerca de 25% dos produtores cultivam o Shimeji, 16% Shiitake, 3% Agaricus blazei – cogumelo fitoterápico de origem brasileira – e 4% produzem Ganoderma lucidum, Hering (Pleurotus eryingii), Nameko (Pholiota nameko), Enoki (Flammulina velutipes), entre outros gêneros.
Atualmente, 52% dos produtores cultivam o Champignon de Paris para consumo in natura, uma mudança no processo de produção que contou com colaboração da APTA, que transferiu tecnologia e conhecimento para que os fungicultores começassem a produzir cogumelo fresco e driblassem a concorrência com o cogumelo chinês. O resultado foi um aumento de lucro de mais de 40%.
Como foi realizado o trabalho
Para a realização do censo, foram utilizadas quatro lideranças ligadas à APTA Regional, representada por Daniel Gomes, CATI, por Gilberto Figueiredo e duas empresas relacionadas à fungicultura, representada pelos empresários, Iwao Akamatsu e Edson de Souza. De acordo com Gomes, o Estado de São Paulo foi dividido em quatro regiões em que cada uma ficava aos cuidados de um representante.
“Foram realizadas chamadas aos produtores. Foi quase boca-a-boca. Cada liderança conhecia um número de produtores que pertencia à região e foram chamando-os para levantar os dados”, diz o pesquisador da APTA.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o censo fornece um panorama da cultura no Estado e é fundamental para o fomento da produção paulista. “Esses números são importantes para os pesquisadores e a assistência rural traçar as oportunidades e desafios da cadeia. Com isso, poderemos melhorar a renda no campo e o produto que chega ao consumidor final, diretrizes do governador Geraldo Alckmin”, afirmou.
Por Giulia Losnak (estagiária) e Fernanda Domiciano
Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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