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Soja/EUA: com biodiesel, produção de derivados pode ser afetada

Arlington, Virginia, 20 - O aumento da produção de biodiesel (combustível renovável também produzido a partir do óleo de soja) poderá alterar a relação entre a soja e seus derivados, farelo e óleo de soja, aumentando as dúvidas quanto à perspectiva dos preços futuros. O tema foi discutido na sexta-feira, último dia do fórum promovido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Arlington, na Virgínia. Tradicionalmente, a soja é esmagada para produzir farelo, destinado à produção de ração altamente protéica destinada a rebanhos. Entretanto, espera-se firme aumento da produção de biodiesel, especialmente depois da lei de incentivo aprovada pelo governo norte-americano no final do ano passado e diante da alta volatilidade dos preços do petróleo. Pela lei, haverá um crédito de US$ 1 para cada galão de biodiesel de produtos agrícolas misturado ao diesel. A produção de biodiesel, que atualmente equivale a 2,5% de todo o óleo de soja produzido nos EUA, aumentou para mais de 70 milhões de galões em 2005, contra apenas 500.000 galões em 1999, afirmou o economista chefe do USDA, Keith Collins, durante o fórum. "Eu quero dizer, você não pode colocar US$ 1 por galão em incentivo federal e não esperar um impacto real sobre a indústria", disse John Baize, presidente da John C. Baize and Associates of Falls Church. Segundo ele, dois problemas poderiam surgir para a soja. Em primeiro lugar, a qualidade do grão. "Infelizmente, há uma relação inversa na proporção entre proteína e óleo. Portanto, se aumentarmos o volume de proteína, a tendência é produzir um grão com menor conteúdo de óleo", afirma Baize. O outro problema, derivado do primeiro, é que a tendência será de aumento de produção de soja com alto teor de óleo. "Se isso ocorrer, o farelo produzido terá um nível médio de proteína, podendo competir com outras oleaginosas", destaca o presidente da associação. As informações são da Dow Jones.

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