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Ferramenta para rastreamento de embalagens de defensivos agrícolas vence hackathon promovido no AgriFutura

A equipe Campo Tracker foi a grande vencedora do hackathon realizado durante o AgriFutura – Inovações no Agronegócio, organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, entre 3 e 4 de março de 2018, no Instituto Biológico (IB), na Capital. A equipe desenvolveu uma ferramenta capaz de rastrear as embalagens de agroquímicos, da produção ao campo. O objetivo é evitar a falsificação do produto.
De acordo com Daniel Camargo Salim Penteado, um dos integrantes da Campo Traker, o objetivo da ferramenta é atuar em um problema crônico da comercialização de defensivos agrícolas: a falsificação dos produtos, um negócio que movimenta R$ 6,000,000,000, o que corresponde a 30% do mercado de defensivos agrícolas da China e da Índia e 10% do mercado da União Europeia, segundo a DuPont.
“A ferramenta consegue ajudar bastante na questão da falsificação dos produtos, por fazer o rastreamento na indústria, transporte, distribuição e comercialização. A indústria já tem uma série de iniciativas neste sentido, mas acreditamos que esta ferramenta conseguirá agregar a essas ações”, disse.
A equipe formada ainda por Gustavo Luís Soré, Guilherme Baia Bargas Uezima, Felipe Fadel Sartori e Samira Penteado Ramalho espera continuar a desenvolver a ferramenta, validar a tecnologia e colocá-la no mercado. Cada integrante da equipe foi premiado por uma SmartTV 40 polegadas.
A segunda colocação no hackathon ficou com a equipe Eco Market, que desenvolveu uma ferramenta de comercialização com foco nos pequenos e médios produtores, associações e grandes varejistas. A equipe Feira Livre ficou com a terceira colocação ao desenvolver uma ferramenta também focada na comercialização de produtos agropecuários, em que é possível produtores e consumidores realizarem negócios por meio do WhatsApp. Os integrantes da Eco Market foram premiados com SmartPhones e da Feira Livre com fones de ouvido com bluetooth.
Hackathon AgriFutura
O hackathon pode ser resumido em uma maratona de programação em que são formadas equipes para desenvolvimento de novas tecnologias que solucionem problemas. No hackathon AgriFutura, os 62 participantes tiveram que se organizar em 12 equipes e apresentar soluções para quatro temas relacionados ao agronegócio: clima, doenças e pragas, comercialização e extensão rural.
A maratona teve o total de 20 horas. As equipes contaram com mentoria de extensionistas, tecnólogos e pesquisadores. As propostas foram avaliadas por cinco juízes, que atuam na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, SP Ventures, ABStartups, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e John Deere. As propostas foram julgadas levando em conta quatro critérios: coerência com o tema, originalidade, impacto e execução.
“O evento foi um sucesso, tivemos mais de 200 inscritos e fizemos uma seleção para identificar talentos que tivessem as habilidades necessárias para o desenvolvimento das soluções nos temas propostos. As equipes tiveram pouco tempo para desenvolver as ferramentas, mas com ajustes, com certeza algumas das soluções podem ser encaixadas no mercado”, explicou Fernando Tomé, um dos organizadores do hackathon, que contou com apoio do Centro de Competência de Software Livre da Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP), Code Lab e Embarcados.
“A população mundial deve atingir a marca de 10 bilhões em 2050, o que nos coloca o desafio de alimentar uma população cada vez maior, enfrentando o problema das mudanças climáticas. Hoje não há espaço para negligenciar a produtividade e a eficiência no campo. Para vencer esses desafios dependemos do esforço e do conhecimento desses jovens”, afirmou José Luiz Fontes, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
(19) 2137-8933

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