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Pesquisador da APTA apresenta primeiro programa de TV sobre aquicultura do País

O pesquisador da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que atua na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Fábio Sussel, apresentará o primeiro programa de TV sobre aquicultura do País. O objetivo é divulgar o conhecimento gerado pelas instituições de pesquisa para o público em geral. Se antes, porém, jornalistas e pesquisadores científicos se digladiavam sobre o assunto, hoje, parte dos pesquisadores já reconhece que a divulgação técnica-científica é fundamental para prestar conta à população, conseguir parcerias e investimentos para os estudos. 
Os esforços do pesquisador em transferir tecnologias e conhecimentos em veículos de comunicação não científicos lhe renderam um convite para apresentar um programa exclusivo sobre aquicultura do Brasil, o "AquaNegócios", da emissora Fish TV, especializada em pesca esportiva.
É o primeiro programa exclusivo sobre aquicultura do Brasil. O objetivo do pesquisador da APTA é transferir conhecimento em cultivo de peixes e demais organismos aquáticos. A Fish TV, com programação voltada a assuntos relacionados à pesca esportiva, explorará o tema visando a pesca.
O objetivo do programa é sensibilizar e conscientizar os consumidores em relação ao pescado cultivado, aumentar a demanda pelos produtos e pesquisas na área e incentivar a pesca esportiva.
A primeira temporada estreou em 11 de janeiro de 2016, às 20h30. Os episódios terão a temática aquicultura x pesca comercial, tilapicultura, lambaricultura, pirarucu, sanidade em tilapicultura e mexilhões e vieiras.
Os episódios inéditos serão exibidos às segundas-feiras, às 20h30, e repetidos durante a semana em horários diferentes. A primeira temporada será composta por sete episódios. O programa AquaNegócios pode ser assistido no site www.fishtv.com.br.
Os três primeiros episódios estão disponíveis no link http://www.fishtv.com/programas/aqua-negocios/cultivo-de-organismos-aquaticos-2423.
Experiência
Fábio Sussel possui ampla experiência com aquicultura. É zootecnista formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, com mestrado na área de nutrição de peixes pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp – Botucatu) e doutorado também em nutrição de peixes pela Universidade de São Paulo (USP – Pirassununga).
A paixão pelos peixes surgiu ainda na infância, em suas pescarias. Sussel ingressou na APTA há dez anos e desde então desenvolve pesquisas na área de piscicultura. Antes de ingressar na instituição, atuou profissionalmente em fazendas de camarão marinho, de criação de peixes nativos e na indústria de ração animal.
A divulgação de seus trabalhos não é deixada em segundo plano. O pesquisador da APTA é sempre solícito no atendimento às demandas da imprensa e tem contato direto com os piscicultores, por meio da realização e participação de cursos, palestras e eventos. “O que conta ponto para a carreira de pesquisador científico é a publicação de artigos em revistas especializadas, de difícil leitura para a população em geral. É claro que não podemos deixar de lado a publicação desses artigos, pois fazem parte dos processos da ciência, mas podemos fazer com que as informações cheguem para a sociedade”, afirma o pesquisador da APTA.
Atualmente, o pesquisador lidera estudos com lambari e colabora em projetos de pesquisa com camarão de água doce, uso de probióticos na produção de tilápias e na introdução do sistema de aquaponia pela APTA no Estado de São Paulo, com a integração da produção de peixes e hortaliças.
O objetivo do programa "AquaNegócios" é abordar as vantagens do pescado cultivado, que envolve a produção de peixes, camarões, ostras e algas, por exemplo. Segundo Sussel, a população em geral desconhece as vantagens do pescado cultivado frente à pesca extrativista. “A população dos grandes centros vê o peixe no mercado e a maioria tem a ideia de que ele veio do rio ou do mar. O objetivo do programa é mostrar que praticamente não temos mais peixes em nossos estoques naturais e que incentivar a pesca extrativista não tem sentido, quando falamos em sustentabilidade e segurança alimentar”, afirma.
De acordo com o pesquisador, o cultivo de peixes é mais sustentável, gera emprego e movimenta a economia local, com a venda de ração e insumos. “Além disso, é possível explorar recursos, que não teriam outra utilidade, como os barramentos de hidrelétricas, onde hoje, há o cultivo de peixe em sistema de tanque rede”, explica.
Além dos benefícios econômicos e ambientais, o cultivo de peixes proporciona maior segurança alimentar para os consumidores. Na pesca extrativista o peixe é abatido em condições de estresse, por conta do uso de redes, e nem sempre o processamento da carne ocorre em ambiente limpo e climatizado, o que pode comprometer a qualidade do produto final. “O peixe cultivado é insensibilizado  no gelo, levando-se em consideração as recomendações de bem-estar animal, e em seguida é abatido por meio da sangria, diminuindo o risco de proliferação de bactérias. O peixe é ainda eviscerado em um frigorifico e possui o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)”, diz Sussel.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, o Estado de São Paulo se destaca quando o assunto é peixe cultivado, seja pelos altos volumes produzidos ou pelo uso intensivo de novas tecnologias.  “O Estado é o maior produtor brasileiro de tilápias. De acordo com recentes informações da FAO, tanto no Brasil quanto no mundo, o pescado oriundo da aquicultura já é maior que os volumes capturados pela pesca comercial. Atitudes como a do pesquisador, Fábio Sussel, seguem a orientação do governador Geraldo Alckmin de aproximar a população e os produtores das instituições de pesquisa paulista”, afirma.

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