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SP faz avaliação de risco para aftosa de olho na UE

A Secretaria de Agricultura de São Paulo está iniciando um processo de análise de risco para febre aftosa no Estado, que há 10 anos não tem registro da doença, para apresentar à União Européia. O objetivo é mostrar à UE a situação do rebanho de São Paulo e pôr fim ao embargo europeu à carne bovina, imposto no fim de 2005 após casos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná. De acordo com o secretário de agricultura paulista, João Sampaio, que participou ontem (15) de reunião da câmara setorial de carne bovina na BM&F, análise preliminar realizada pelo Instituto Biológico indicou que "não há 100% de garantia" de que carne bovina desossada, o produto que São Paulo vinha exportando à UE, esteja livre do vírus da aftosa. Segundo tal análise, haveria risco de um coágulo carregar o vírus. Ele ressaltou que a análise é preliminar e disse que USP e Unesp aprofundarão os estudos. Além disso, afirmou, mesmo que o risco se comprove, não atrapalhará a argumentação paulista já que o Estado não registra aftosa há 10 anos. Nesse caso, a certificação do processo será utilizada para comprovar a sanidade do rebanho. "Faremos análise de risco para aftosa para sabermos o que [argumentos] de fato podemos levar à UE", disse. Para o secretário, "não há motivo técnico plausível para os embargos" de União Européia e Chile. Ele defende "ações de reciprocidade" caso os dois clientes mantenham a trava à carne paulista. "Vamos verificar se os produtos que vêm da UE e do Chile são seguros". Para o presidente da câmara setorial de carne bovina, Constantino Ajimasto Júnior, o embargo a São Paulo por causa da aftosa afetou os preços do boi gordo, que hoje estão na casa dos R$ 55 por arroba no interior paulista. "Não fosse isso, a arroba estaria estabilizada em R$ 60", afirmou. Ajimasto, que também preside a Associação Brasileira do Novilho Precoce, disse que "há frigoríficos que não têm interesse na reabertura do mercado paulista porque se reposicionaram quando São Paulo foi impedido de exportar para a UE". Questionado quais seriam as empresas, ele citou Friboi e Bertin, que conseguiram redirecionar a produção destinada à exportação para plantas de outros Estados não proibidos de exportar ao mercado europeu. Procurado, o Bertin disse, por meio de sua assessoria de comunicação que "não faz parte da política da empresa comentar este tipo de declaração". O Friboi não se pronunciou. Além do embargo, a câmara discutiu a recuperação do status de livre de aftosa com vacinação por São Paulo, condição perdida desde o surgimento dos focos no Mato Grosso do Sul e Paraná, que fazem partem do mesmo circuito pecuário que São Paulo. A expectativa do secretário João Sampaio é de que a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) devolva a São Paulo o status sanitário.

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