Data da postagem: 24 Julho 2008
O desempenho produtivo do tomateiro envarado em sistema de plantio direto na palhada de mucuna-anã, crotalária, milheto, vegetação espontânea e milho é o objetivo de projeto em andamento no Pólo APTA Centro Leste, Ribeirão Preto (SP), fruto de parceria com a UNESP de Jaboticabal. Os aspectos físico, químico e biológico do solo também são analisados, segundo o pesquisador Roberto Botelho Ferraz Branco, coordenador do projeto. A meta é de que, se comprovado os benefícios do sistema, o agricultor possa implementá-lo no campo subsidiado por informações científicas.
O projeto de plantio direto de hortaliças tem ainda a participação do pesquisador Denizart Bolonhezi, do próprio Pólo, e do professor Arthur Bernardes, da UNESP-Jaboticabal. Embora o tomateiro seja a principal cultura do projeto, os pesquisadores estão estudando também experiências de produtores de cebola, beterraba e abobrinha com plantio direto na palhada.
Segundo Roberto Branco, tanto os pequenos produtores (assentados e agricultores familiares) quanto agricultores empresariais podem aderir ao sistema do plantio direto na palhada, com a incorporação de tecnologias mais modernas. Do ponto de vista da importância sócio-econômica, o projeto visa principalmente aprimorar técnicas agronômicas para viabilizar com sustentabilidade a fixação do homem no campo, diz. Baixar o custo de produção com insumos agrícolas e impactos ambientais também é relevante, acrescenta Branco.
Como o projeto ainda está no início, é cedo para se falar em resultados, diz Roberto Branco, pois o tempo para se estabelecer sistema de plantio direto é de aproximadamente cinco anos. Mas já existem resultados de sucesso com produtores de tomate em Santa Catarina, num trabalho coordenado pelo pesquisador Jamil Fayd, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).
Também resultados científicos comprovam a viabilidade do sistema, com diminuição nos custos de produção, devido principalmente à redução de defensivos, fertilizantes e combustível, diz Branco. Com relação à economia de água, existem comprovações para cereais, mas para hortaliças ainda se tem muito pouco resultado. Tudo indica que, se conseguir uma boa cobertura de palhada, com certeza ter-se-á diminuição da evaporação da água do solo e, consequentemente, no aporte de água por irrigação, conclui o pesquisador da APTA.
José Venâncio de Resende
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