O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 1,43% na segunda quadrissemana de Dezembro, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O IqPR atinge 3,34% quando a cana-de-açúcar, que no período teve queda de 0,71%, é excluída do cálculo do índice devido a sua importância na ponderação dos produtos.
No período analisado, 13 produtos apresentaram alta de preços, enquanto sete produtos tiveram apresentaram queda (todos de origem vegetal). Os produtos que registraram as maiores altas nesta segunda quadrissemana foram: tomate para mesa (50,49%), banana nanica (13,45%), feijão (12,98%), carne de frango (11,33%) e carne suína (9,92%), afirmam Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo.
A oferta regular de tomate durou poucas semanas e seu preço voltou apresentar alta, caracterizando seu comportamento típico de “gangorra”. Já os preços da banana, que apresentaram baixas em mês padrão de pico, agora apresentam alta em período em que a queda de preços seria o normal.
A ausência de chuvas em agosto e setembro atrasou o plantio das águas do feijão e, consequentemente, adiou o inicio da colheita, podendo levar a forte elevação de preços no mês de dezembro.
O controle da oferta, com a redução no alojamento de pintos, adicionado ao momento de grande demanda, vem provocando a elevação dos preços da carne de frango. No caso da carne suína, o aumento nos volumes de cevados, direcionados ao mercado internacional, via exportação, reduziu a competição no mercado interno e melhorou os preços recebidos pelos suinocultores. O reforço na renda do consumidor dado pelo décimo terceiro salário e a proximidade das festas de fim de ano também estimulam a alta.
De acordo com os pesquisadores, apresentaram as maiores quedas de preços: batata (17,30%), café (6,94%), soja (6,63%), amendoim (5,07%) e laranja para indústria (3,44%).
A produtividade da batata voltou ao normal, melhorando a oferta e consequentemente levando à queda nos preços quando comparados ao período anterior, afetado pelo forte calor do fim de inverno.
A queda nos preços do café corresponde à redução nas cotações das principais bolsas internacionais, onde houve grande volume de vendas para realização de lucros sobre valorização anterior.
Para a soja, a divulgação de valores maiores para a safra norte-americana do produto pelo USDA/USA, além da expectativa da boa produção no mercado interno influenciaram a redução das cotações.
A liberação de estoques de amendoim superou a demanda, provocando a redução dos seus preços. A queda nos preços da laranja para indústria pode ser atribuída à oferta estar sendo superior à compra pelas indústrias.
A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br.
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Nara Guimarães
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