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Uso agrícola do lodo de esgoto: pesquisadores de EUA e Austrália em workshop do IAC

O lodo, que resulta do tratamento do esgoto, sacrifica aterros sanitários e mananciais, com elevado custo para a população tanto em termos ambientais quanto financeiros. Porém, o uso agrícola do lodo beneficia a sociedade de forma geral, poupando o ambiente, reduzindo custo de produção na agricultura e aumentando a produtividade das lavouras. 
A abrangência e relevância do assunto o tornam de interesse nacional. Este será o tema de Workshop: Uso agrícola de lodo de esgoto: avaliação após a Resolução nº 375 do CONAMA, a ser realizado nos dias 19 e 20 de maio, em Campinas (SP), pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. “O principal benefício para o ambiente está na reciclagem da matéria orgânica e dos nutrientes presentes nos resíduos, dando uma nova chance para produção de alimentos. Com isso, economizam-se aterros sanitários, aumentando a vida útil desses espaços e reduzindo os gastos com adubos químicos”, resume Ronaldo Berton, pesquisador do IAC.
Durante o evento, os especialistas da área vão levantar como está a aplicação do lodo após a norma de 2006 que regulamenta o procedimento. A Resolução nº 375 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabelece critérios e procedimentos para uso agrícola do lodo de esgoto gerado em estação de tratamento. De acordo com a norma, que aborda todas as permissões e restrições para o uso agrícola do lodo, é proibida a aplicação em pastagens e olerícolas, raízes e tubérculos, culturas inundadas, como o arroz, e outras plantas cuja parte comestível fique em contato com o solo. 
“O workshop vai discutir o que já foi feito e o que precisa ser realizado para melhorar a norma”, afirma Berton que é um dos organizadores do evento. Este será o primeiro encontro desde a criação da norma, há quase três anos.
Esse encontro vai trazer a primeira avaliação do cenário do uso agrícola do lodo no Brasil. A legislação está sendo seguida? Os resultados são adequados? As quantidades prescritas estão corretas ou devem ser ajustadas? Todas as necessidades de acertos serão expostas no workshop, que reunirá especialistas e pesquisadores do Brasil, da Austrália e dos Estados Unidos, onde o uso agrícola do lodo é feito há cerca de seis décadas, com média de 65% do lodo destinado à agricultura.
A troca de experiência com outros países é importante para contribuir para o avanço do sistema no Brasil, onde o tratamento de esgoto teve início há quase 40 anos, com tecnologias importadas. Já a destinação agrícola do resíduo do tratamento tem cerca de uma década apenas. São necessários muitos estudos no sentido de adequar a prática e garantir a segurança ambiental.
Os especialistas entendem que, por ser uma atividade nova no País, o uso agrícola do lodo de esgoto deve estar acompanhado da constante revisão de normas reguladoras e de estudos científicos que viabilizem a prática de forma sustentável para o ambiente e viável para as cadeias produtivas e os consumidores.
A disponibilidade desse resíduo depende da quantidade tratada de esgoto. De maneira bem simples, cada habitante gera cerca de 0,15 litros de lodo centrifugado, com 20% de sólidos por dia. Uma cidade com cerca de um milhão de habitantes, como Campinas, deverá gerar em torno de 150 toneladas/dia de lodo, quando estiver com 100% de seu esgoto sendo tratado.
Link relacionado: IAC sedia debate sobre uso agrícola do lodo de esgoto – assunto de interesse nacional

SERVIÇO:
Workshop: Uso agrícola de lodo de esgoto: avaliação após a Resolução nº 375 do CONAMA
Data: 19 e 20 de maio de 2009.
Local: Sede do IAC - Avenida Barão de Itapura, 1481 - Guanabara, Campinas, SP.
Informações: (19) 3231-5422, ramal 129 ou eventos@iac.sp.gov.br

Assessoria de Imprensa do IAC
Carla Gomes
(19) 3231-5422, ramal 124

Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

 

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