Ações para promover o seqüestro de carbono em áreas de pastagens são as mesmas que levarão ao aumento da produtividade e da sustentabilidade dos sistemas de produção. Esta é uma das conclusões do estudo “Seqüestro de carbono em pastagens cultivadas”, do pesquisador Gustavo José Braga da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Brotas, vinculada ao Pólo Centro Oeste/APTA da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. “Essa convergência nas ações garante ao produtor rural aumento da renda e da produtividade e, além disso, possibilita ao país o aumento da produção agropecuária sem a necessidade de avançar sobre importantes biomas como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Amazônia.”
Partindo da taxa média de produção de carne mundial de 0,02 tonelada por hectare/ano, diz o pesquisador, estima-se um seqüestro de C médio em áreas de pastagem da ordem de 0,06 t C/ha/ano. “Quando multiplicado pela área total das pastagens no mundo, resulta em 0,2 Giga tonelada por ano, o que potencialmente compensaria cerca de 4% do total de emissões de carbono no planeta.” (Um Giga tonelada ou Gt equivale a um bilhão de toneladas.)
As regiões de maior potencial para a intensificação dos sistemas com vistas ao aumento do seqüestro de C são os Estados Unidos (EUA), o Canadá, a América Central e América do Sul. “Excluídas dessa lista, devido ao nível elevado de produtividade, estão Europa Ocidental e Nova Zelândia”, diz Braga. Já o Brasil, com extensas áreas de pastagens, deve atingir cerca de 0,12 Gt C/ha/ano em seqüestro de C, se aumentada a atual produção de carne (0,04 t/ha/ano) para 0,09 t/ha/ano, semelhante à da Nova Zelândia. No cenário atual, compensaria cerca de 3,6% do acúmulo anual de C na atmosfera (3,3 Gt C/ha/ano). O pesquisador ressalva que essa taxa entra em saturação com uma produção de carne de 0,12 t/ha/ano.
Link: íntegra do artigo “Seqüestro de Carbono em pastagens cultivadas”
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