Data da postagem: 23 Outubro 2006
A estimativa da área cultivada com as variedades transgênicas foi feita com base na projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de que a área plantada de algodão vai variar entre 421 mil e 449,6 mil/ha nesta safra.
O gerente comercial da Sementes Bom Futuro, Francisco José Soares Neto, que também é membro da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), destaca que a área plantada com as cultivares transgênicas só não será maior devido à falta de sementes disponíveis no mercado. Ela cita, por exemplo, que a Nu Opal já esgotou nos revendedores. As sementes de algodão transgênico estão sendo bastante procuradas pelos agricultores do Estado, por isso as variedades já estão acabando. Na região Sul que concentra mais de 60% da cotonicultura estadual - ele destaca que os produtores estão adquirindo as variedades para testar na lavoura.
Na próxima safra (07/08), a procura pelo algodão transgênico vai depender dos resultados obtidos nesta temporada. Soares acredita que a tendência é de uma evolução na área plantada com as variedades. Ele conta que muitos produtores devem cultivar talhões de algodão transgênico paralelamente às variedades convencionais. Em média, a saca de 20 quilos de semente transgênica tem cotação superior a convencional, em torno de 30% a 40%. Enquanto uma saca de semente convencional é vendida por cerca de R$ 100, a Nu Opal e a DP 90 B valem entre R$ 130 e R$ 140.
Demanda - Como em média para semear um hectare de algodão são necessários 13 quilos de sementes, Mato Grosso deverá consumir entre 820 e 876 toneladas de sementes transgênicas. Isto significa cerca de 41 mil a 43 mil sacas das variedades com o evento BT 1.
Para viabilizar o plantio da área estimada para esta safra no Estado (de 421 mil a 449,6 mil/ha) serão necessários de 5,473 mil a 5,844 mil toneladas de sementes de algodão. No ciclo passado (05/06), quando os cotonicultores cultivaram cerca de 350 mil/ha da pluma, a demanda foi de 4,550 mil toneladas de sementes.
Atualmente existem cerca de 15 variedades de algodão disponíveis no mercado mato-grossense. O gerente comercial da Sementes Bom Futuro destaca que a variedade mais cultivada pelos cotonicultores mato-grossenses é a Fibermax 966, da Bayer Seeds. A semente é procurada por se tratar de um material precoce, com ciclo de aproximadamente 150 dias. Em segundo lugar vem a Delta Opal, da MDM, que é resistente à viroses e tem um ciclo de 170 a 175 dias. Apesar de ser a segunda colocada no Estado, a Delta Opal é a semente preferida entre os produtores da Serra da Petrovina, por garantir uma boa qualidade de fibra. (fonte: Diário de Cuiabá)