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Argentina esmaga menos soja e dá espaço para o Brasil

A crise energética que afeta a Argentina diminuiu o ritmo de produção das esmagadoras de soja do país – principal fornecedor do mundo em farelo e óleo – e está retardando o embarque de grãos e derivados no seu maior complexo portuário. É por Rosário (a 300 quilômetros de Buenos Aires, na Província de Santa Fé) que passa mais da metade do produto argentino exportado. Essa desaceleração, apostam os especialistas, significa oportunidade para a indústria brasileira ganhar espaço no mercado internacional do complexo soja. De acordo com a analista do Departamento de Informações Econômicas da Bolsa de Comércio de Rosário, Lorena D’Angelo, as processadoras de soja da região, que vinham trabalhando com 80% da sua capacidade, reduziram o ritmo para algo em torno de 60% e 70%. “Como a atividade não pode parar, elas estão esmagando menos grãos para atender à economia forçada de energia.” Por causa do frio e da expansão da economia, a demanda por eletricidade no país vizinho ultrapassou a oferta. A saída encontrada pelo governo argentino foi impor racionamento aos grandes consumidores. Confira dados do Brasil e Argentina na exportação de farelo e óleo de soja Além disso, diz Lorena, por causa do racionamento, o descarregamento dos caminhões e o embarque nos navios está mais lento. “Mas as empresas não deixaram de honrar seus compromissos”, garante. Isso também não deve ocorrer no curto prazo, no entendimento da analista. “O governo diz que quando o frio diminuir, no máximo até outubro, a indústria voltará a ter fornecimento normal de energia. Poderão surgir problemas somente se a crise se estender mais que isso". Cinthia Scheffer Fonte: Gazeta do Povo

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