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APTA e Fapesp reúnem-se para tratar da pesquisa agropecuária no Estado

Amanhã, 30, APTA e Fapesp reúnem-se para tratar da pesquisa agropecuária no Estado APTA foca gestão da pesquisa agrícola em ações de interação com o setor produtivo e na proteção intelectual de tecnologias O encontro da pesquisa agropecuária com o financiamento. Avaliar temas e caminhos por onde deverá transitar o conhecimento, a fim de unir as demandas aos investimentos disponíveis. Com o objetivo de expor os grupos temáticos da pesquisa agropecuária no Estado de São Paulo, com foco nas perspectivas dessa área científica, o coordenador da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), João Paulo Feijão Teixeira, irá palestrar no seminário "Demandas para um programa de pesquisas dirigidas ao agronegócio paulista", na próxima terça-feira, 30, às 14h, em São Paulo. No encontro, o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, falará sobre "A importância da pesquisa para São Paulo liderar o agronegócio no hemisfério sul". O objetivo do evento é eleger temas de interesse para o agronegócio paulista, sintonizados com as políticas públicas estaduais. Participarão do seminário também o Vice-Governador e Secretário de Estado do Desenvolvimento, Alberto Goldman, e Secretários de Estado de outras pastas, além de reitores das universidades paulistas e do presidente da Fapesp, Celso Lafer. O coordenador da APTA irá abordar temas como biodiversidade e sustentabilidade ambiental da agropecuária paulista, sistemas de defesa sanitária vegetal e animal, zoneamento agrícola e monitoramento agrometeorológico e rastreabilidade. A bioenergia estará em debate com foco em tecnologias para aproveitamento de biomassa, novas variedades de cana-de-açúcar adequadas à colheita crua e equipamentos que melhorem a produtividade das colhedeiras de cana crua. Aspectos da segurança alimentar serão tratados sob enfoque da qualidade de alimentos, características nutricionais, embalagens e aumento de vida útil dos produtos. Sanidade animal e vegetal e avaliação de organismos geneticamente modificados também estão na pauta. Com grupo recém criado na APTA sobre a aplicação de nanotecnologia à cultura da soja, esse tema também fará parte da palestra. Serão abordadas a conservação utilização de recursos genéticos mantidos pelas instituições de pesquisa, como o banco de germoplasma de café, do IAC-APTA, onde foi encontrado o café naturalmente descafeinado, e o banco de germoplasma de citros, também do Instituto Agronômico, que constitui o maior banco do mundo. A preservação desses patrimônios genéticos é fundamental para a continuidade das pesquisas em melhoramento genético, que viabilizam a sustentabilidade das diversas culturas no campo. Com esse perfil de encontro, deverão estar presentes representantes das instituições de pesquisa e de universidades do Estado - USP, Unesp e Unicamp. Esperam-se também os seis institutos ligados à APTA: Instituto Agronômico, Instituto Biológico, Instituto de Economia Agrícola, Instituto de Pesca, Instituto de Tecnologia de Alimentos, Instituto de Zootecnia, além dos pólos de pesquisa da APTA, sediados em 15 localidades do Estado de São Paulo - Jaú, Ribeirão Preto, Pindorama, Andradina, Adamantina, Presidente Prudente, Assis, Piracicaba, Capão Bonito, Pariquera-Açu, Pindamonhangaba, Monte Alegre do Sul, Colina e Votuporanga. Interação com o setor e ação regional O coordenador da APTA, João Paulo Feijão Teixeira, tem valorizado uma dinâmica de gestão voltada para a interação entre a pesquisa, o setor produtivo e as agências de fomento. Com essa finalidade, Feijão tem participado de encontros com pesquisadores, produtores e representantes das esferas privada e pública ligados ao agronegócio, em diversas regiões do Estado, onde estão os pólos de pesquisa da APTA. "Nesses encontros há a possibilidade de disponibilizar resultados já gerados na pesquisa e de estabelecer novas programações de estudos direcionados a problemas ainda não superados", diz Feijão. No mês de outubro, o coordenador esteve em Presidente Prudente para tratar de atividades destinadas à transferência de tecnologias para pequenos produtores. A região do Pontal de Paranapanema - que reúne cerca de cem assentamentos e 5.450 famílias assentadas - tem grande necessidade de tecnologia agrícola. Daí a relevância desse tipo de interação, já que a necessidade de aproximação com as instituições que geram soluções para o agronegócio é ainda maior entre os pequenos produtores, que dispõem de menor recurso para ir em busca das tecnologias ou para contratar profissionais. "Além de transferir resultados gerados pela pesquisa, a APTA contribuirá, por exemplo, com a instalação de campos de demonstração e treinamento de técnicos, que farão a difusão da tecnologia", diz Feijão sobre a atividade em Presidente Prudente. O objetivo do coordenador é que os pólos APTA de pesquisa tenham um carro-chefe que oriente a programação científica. A organização de temas de pesquisas em grupos deve ser estendida para todas as unidades da APTA. Está em fase de conclusão o preparo de programas de pesquisas por cadeias produtivas. A idéia é reunir os estudos de todos os seis institutos e dos 15 pólos em programas. Isso contribuirá para melhorar a captação e a aplicação de recursos. "Ao invés de vários pequenos projetos, teremos um amplo programa de bioenergia, por exemplo", esclarece Feijão. Em cada programa haverá um pesquisador líder, que fará a interação com toda a equipe de trabalho dentro da APTA. Avaliação socieconômica dos impactos das tecnologias No próximo dia 31 de outubro, em Campinas, pesquisadores da APTA terão treinamento sobre sistema de avaliação do impacto socioeconômico das tecnologias desenvolvidas. A capacitação será feita por profissionais da Embrapa, em três módulos. No dia 31, será desenvolvido o primeiro deles. Com o aprendizado, os pesquisadores da APTA que participarão do curso, todos com atuação na área de economia, poderão aplicar uma metodologia já aplicada no agronegócio. "Vamos formar competências para dar suporte às unidades da APTA", diz Feijão. Para o coordenador, a importância de retratar o impacto socioeconômico está também na valorização da pesquisa agropecuária frente aos órgãos financiadores. Essa análise poderá ser favorável também para o estabelecimento de parcerias com o setor privado. Núcleo de Inovação Tecnológica No movimentado e competitivo cenário do agronegócio, a APTA está voltando atenção para a proteção das tecnologias. No último dia 25 foi aprovado decreto que cria o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) na APTA. Esse Núcleo estará direcionado para a guarda e administração dos direitos de propriedade intelectual resultantes das ações de pesquisa, preservando os direitos da proteção de cultivares, propriedade industrial e direito autoral. O NIT também irá formular, gerenciar e executar a política institucional de estímulo à proteção das criações, licenciamento, inovação e outras formas de transferência de tecnologia. "Cria-se mais um instrumento no âmbito na propriedade intelectual, que facilita o estabelecimento de parcerias e o investimento na atividade científica", afirma João Paulo Feijão Teixeira. O decreto que cria o NIT foi aprovado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento e já foi protocolado para edição do decreto pelo Governador. SERVIÇO Seminário: Demandas para um Programa de Pesquisas Dirigidas ao Agronegócio Paulista Data: 30 de outubro, às 14h Local: Salão Nobre da Secretaria de Agricultura e Abastecimento - Avenida Miguel Stefano, 3900, Água Funda - São Paulo, Capital Por Carla Gomes (MTb 28156)

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