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Boi: aftosa frustrou expectativa de crescimento da Lagoa da Serra

A Lagoa da Serra Ltda., maior central de inseminação artificial bovina do País, teve um faturamento aquém do esperado em 2005 por conta da crise provocada pelo reaparecimento da febre aftosa. A empresa, de capital belgo-holandês, esperava um aumento de 16% no faturamento e obteve um incremento de apenas 7% para R$ 43 milhões no período. O número de doses vendidas foi o mesmo do ano anterior, cerca de 1,6 milhão. Segundo o vice-presidente da Lagoa, Lúcio Cornachini, o crescimento do faturamento deve-se ao aumento do preço médio dos produtos vendidos pela empresa. A Lagoa responde por 20% das inseminações do mercado leiteiro e 27% do mercado de touros nelore no Brasil. Em 2006 a empresa espera vender 6% mais doses de sêmen e aumentar em pelo menos 10% o faturamento, para algo entre R$ 48 milhões e R$ 50 milhões. Para alcançar esse desempenho a empresa aposta em uma nova tecnologia chamada sêmen sexado, pela qual o pecuarista escolhe o sexo do animal, com no mínimo 85% de acerto do sexo escolhido. O sêmen sexado é obtido a partir de uma tecnologia que permite selecionar e separar espermatozóides com base na escolha do sexo do animal por parte criador de gado leiteiro e/ou de corte. A produção é feita em um laboratório inaugurado no final do ano passado na sede da empresa, em Sertãozinho (SP), no qual foram investidos R$ 6 milhões. A patente é da americana Sexing Technologies. O sêmen sexado custa de duas a quatro vezes mais que o sêmen convencional, cujo valor médio gira em torno dos R$ 18. A tecnologia foi lançada no último trimestre do ano passado e, em fevereiro já respondia por 30% do faturamento total da empresa. A expectativa é que até dezembro esse percentual salte para 50%. De acordo com Cornachini, em cinco anos o sêmen convencional terá sido completamente substituído pelo sexado. A Lagoa pretende vender de 10 mil a 12 mil doses por mês deste tipo de sêmen. Produtores de leite e de gado de corte nelore são os que mais compram o produto. A empresa esperava uma grande comercialização no Mato Grosso do Sul, expectativa frustrada pela aftosa. Outra área na qual a empresa está investindo é na produção de embriões, que será iniciada no segundo semestre deste ano. O laboratório para produção "in vitro" está em fase final de implantação, também em Sertãozinho. "O objetivo é processar material genético das raças Nelore, Gir, Jersey e Holandês. No primeiro ano da atividade, a Lagoa espera produzir 50 mil embriões, dos quais 10 mil deverão ser exportados", afirma Cornachini. Esse novo segmento de negócios deverá agregar mais R$ 1 milhão ao faturamento da empresa no primeiro ano de comercialização do produto. Angola deve ser o primeiro país a receber o produto, um lote de 2 mil embriões.

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