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Laboratório do IB passa por processo para se tornar referência para a virose Língua Azul pela OIE

O Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico (IB-APTA) recebeu aporte de 108 mil Euros da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) para desenvolvimento de projeto denominado “twinning project” que visa transformar a unidade laboratorial do IB em referência na América do Sul para a virose Língua Azul. O Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é o único do Brasil com metodologia de análise para língua azul acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), com base na norma internacional ISO 17025, relacionada à qualidade, e credenciado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para análises desta virose.
Os laboratórios referências da OIE têm o objetivo de explorar todos os problemas relacionados a enfermidade que atuam, além de desenvolverem projetos de pesquisa na área e fornecer assistência científica e técnica em temas relacionados ao diagnóstico e controle da enfermidade que é responsável. A OIE conta com uma rede mundial de 267 laboratórios de referência que cobrem 118 enfermidades ou temas em 38 países, além de 55 centros colaboradores que cobrem 49 temas em 29 países.  Atualmente, o laboratório italiano Istituto Zooprofilattico Sperimentale dell’ Abruzzo e del Molise  “G.Caporale”, Teramo, é considerado pela OIE laboratório de referência para língua azul.
“O laboratório do IB se tornou ‘twin’, ou seja, ‘gêmeo’, do laboratório italiano. O recurso aportado pela OIE será utilizado para realização de intercâmbio de pesquisadores do IB para a Itália e de pesquisadores italianos para o Brasil para capacitação da equipe”, explica Edviges Maristela Pituco, pesquisadora do IB.
A primeira auditoria no Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB foi realizada de 20 a 25 de novembro de 2017, por uma equipe de pesquisadores italianos, coordenada por Giovanni Savini. A partir do relatório gerado, os pesquisadores do IB trabalharão para se adequar e realizarão os treinamentos. O projeto tem duração de dois anos.
“Esse projeto é muito importante para o treinamento de nossa equipe e, consequentemente, para as pesquisas que desenvolvemos e os serviços que prestamos. Além disso, ser reconhecido pela OIE como referência permitirá que o IB trabalhe de forma mais próxima com outros países da América do Sul, como Chile, Paraguai, Bolívia, entre outros”, afirma Pituco.
Língua azul
A língua azul é uma doença infecciosa, a princípio não contagiosa e transmitida pela picada do mosquito infectado do gênero Culicoides spp. Não é considerada uma zoonose, ou seja, não causa doenças ao homem. Os bovinos são considerados reservatórios da doença e, normalmente, não apresentam sinais clínicos – daí a importância das análises laboratoriais. “Os ovinos e animais silvestres, diferentemente dos bovinos, ficam doentes e desenvolvem quadro hemorrágico que geralmente é fatal”, explica Liria Okuda, pesquisadora do IB.
Em 2017, o IB realizou 40 mil testes de bovinos brasileiros que foram exportados vivos para o Egito. Apesar de não ser livre da virose, o Egito só importa animais vivos que passaram pelo teste de PCR para detecção do vírus da Língua Azul como forma de evitar a entrada de novos sorotipos da virose.
“O Instituto Biológico tem uma atuação estratégica para o estado de São Paulo e para o Brasil. Os diagnósticos gerados em seus laboratórios são fundamentais para a exportação dos produtos agropecuários. A capacitação constante das equipes e a melhoria dos serviços prestados é uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
19 2137-8933

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