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APTA realiza I Workshop de Aquaponia

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (APTA), realizará o I Workshop de Aquaponia, no Polo Regional Centro Leste, em Ribeirão Preto, no dia 25 de novembro de 2015. O objetivo do treinamento é ensinar as vantagens do sistema de produção com integração de lambari e hortaliças, chamado aquaponia. Os produtores poderão aprender sobre hidroponia e cultivo de hortaliças, lambaris, biofiltragem e outros assuntos relacionados ao sistema.
Com a tecnologia desenvolvida pela APTA é possível reduzir em até 95% a quantidade de água necessária para a produção de peixe e diminuir em 80% o uso de agrotóxicos aplicados nas hortaliças. Cada sistema integra um canteiro com 2m², acoplado ao tanque de lambaris com recirculação da água e filtragem independente.
O projeto de aquaponia consiste em utilizar os resíduos do sistema de produção de peixe para o cultivo hidropônico, em que as plantas não têm contato com o solo e são cultivadas em água e/ou substrato, diminuindo a ocorrência de pragas e doenças. “Na aquaponia, não há necessidade de renovação de água, pois as plantas capturam o excesso de nutrientes. A perda de água dentro de um sistema aquapônico em condições normais se dá unicamente por evaporação e transpiração das plantas. A intensidade da perda varia conforme o microclima onde o cultivo está instalado”, afirma o pesquisador da Secretaria, que atua na APTA, Fernando André Salles.
A principal vantagem do uso de lambari no sistema é o tempo  necessário para que o peixe atinja tamanho comercial, que é de três a quatro meses. Espécies como a tilápia, precisam de oito meses. “O resultado, em termos de produção, é a possibilidade de ter maior número de ciclos ao longo do ano”, afirma o pesquisador da APTA, Fábio Sussel.
Além disso, ainda existe a maior rentabilidade do lambari, comparando-o com outros peixes. “Em sistemas comerciais de aquaponia, o lambari é mais rentável quando comparado com outras espécies, por ter valor agregado por unidade, já que é comercializado como isca viva para a pesca esportiva, não havendo perdas e nem custos com abate e processamento”, explica.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, afirma que a técnica desenvolvida pela Agência da Pasta integra ao conceito de harmonizar a agricultura com o meio ambiente, criando métodos cada vez mais sustentáveis. “Todas as técnicas que consigam reduzir a quantidade de água na produção de alimentos é extremamente bem-vinda. Desenvolver e transferir tecnologias relacionadas a água é uma recomendação do governador, Geraldo Alckmin”, diz.
Como funciona o sistema
 No sistema aquapônico é possível produzir qualquer hortaliça de fruta ou folhas, além de outras espécies de plantas de valor econômico, como plantas aromáticas e medicinais. Quanto às espécies de peixes, Salles diz que não há restrição alguma, desde que sejam adaptadas a condições de confinamento, como trutas e tilápias.
O pesquisador explica que a proteína presente na ração é metabolizada para formação do tecido muscular do peixe, porém, parte é excretada diretamente pelas brânquias dos animais na forma de amônia ou é perdida por meio das fezes. A amônia, mesmo em baixas concentrações, é tóxica para o peixe. “No sistema de produção aquapônica, a amônia presente na água passa por um filtro biológico em que ocorre a nitrificação, transformando-a em nitritos e em nitratos, este último produto, de baixa toxicidade para os peixes, é prontamente absorvido pelas plantas na produção hidropônica”, diz.
Além dos nitratos, a mineralização dos dejetos dos peixes fornece às plantas boa parte dos elementos necessários ao crescimento, como fósforo, magnésio, enxofre, entre outros. Com isso, não há a necessidade do uso intensivo de fertilizantes químicos.
A tecnologia poderá ser utilizada por pequenos, médios e grandes produtores.
I Workshop de Aquaponia
Data: 25 de novembro de 2015.
Horário: das 7h às 17h.
Local: Polo Regional Centro Leste.
Endereço: Avenida Bandeirantes, nº 2419 – Bairro Vila Virginia – CEP: 14030-670, Ribeirão Preto – SP.
Programação:
7h às 7h45 – Inscrições.
8h às 8h30 - Aspectos gerais e principais tipos de hidroponia: Denizart Bolonhezi.
8h45 às 9h15 - Deficiências nutricionais em hortaliças - diagnóstico: Roberto F. B. Branco.
9h30 às 10h - Principais pragas das hortaliças e perspectivas de controle biológico –Terezinha M. S. Cividanes.
10h15 às 10h45 - Doenças em hortaliças - Identificação, prevenção/profilaxia. Érika A. G. Scaloppi.
11h às 11h45 - Aspectos gerais da criação do lambari: Reprodução, engorda e mercado. Fábio R. Sussel.
12h às 13h – Almoço.
13h às 13h30 - Qualidade de água e manejo de resíduos sólidos - Dr. Fernando A. Salles.
13h45 às 14h15 - Biofiltragem - Fernando A. Salles.
14h30 às 15h - Dinâmica de nutrientes - Fernando A. Salles.
15h15 às 15h45 - Dimensionamento de sistemas aquapônicos - Fernando A. Salles.
16h às 17h - Visita monitorada à aquaponia.
Informações: (16) 3637-1849/ 3621-2717 (Luci Mara ou Raquel) e eventos.centroleste@apta.sp.gov.br; fernandosalles@apta.sp.gov.br; esuguino@apta.sp.gov.br; www.infobibos.com/aquaponia
Texto: Fernanda Domiciano e Giulia Losnak (estagiária)
Assessoria de Imprensa – APTA
19 – 2137-0616/0613

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