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Dia de Campo realizado pelo IAC e APTA apresenta ao produtor rural o capim-ruziziensis usado nas lavouras do Sistema Plantio Direto na Palha

Uma opção de cobertura de solo para o agricultor que utiliza em suas lavouras o Sistema Plantio Direto na Palha é o capim-ruziziensis. A cobertura tem como atrativo adicional a possibilidade de produção de forragens na entressafra além de viabilizar a adoção de sistemas de integração lavoura pecuária. Para apresentar o capim-ruziziensis ao agricultor, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, e o Polo Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Médio Paranapanema realizam nesta terça-feira, 20, das 9h às 12h, o Dia de Campo “Semeadura e Consórcio de Capim-Ruziziensis”, em Cândido Mota, São Paulo.
O Sistema de Plantio Direto na Palha reduz as perdas do solo em 90% e de água em 70%, em comparação aos sistemas tradicionais de preparo. O produtor que utiliza o sistema elimina operações como aração e drenagem do solo, o que permite a redução de até 70% no consumo de combustível. Consequentemente, as máquinas que trabalham em condição mais limpa – com menor poeira – reduzem suas manutenções. Estudos do IAC apontam que todo o sistema pode levar à redução de 30% nos custos de produção em relação ao convencional.
A diminuição da erosão e o aumento do teor de matéria orgânica aumentam também a disponibilidade de nutrientes no solo, especialmente de fósforo e potássio, o que possibilita, após alguns anos de implantação, a diminuição da aplicação de fertilizantes.  Além disso, o sistema é considerado um seqüestrador de carbono atmosférico. Isso porque os restos vegetais quando incorporados ao solo se decompõe e liberam carbono. Com o plantio direto, os restos vegetais ficam na superfície e o carbono incorpora ao solo, reduzindo a emissão de dióxido de carbono, um dos principais gases para o aumento do efeito estufa.
O capim-ruziziensis vem trazer mais uma opção ao agricultor. Segundo a pesquisadora do IAC, Isabella Clerici De Maria, as vantagens de utilização desse capim é que ele aumenta a umidade do solo, a matéria orgânica e ajuda no controle de plantas daninhas. Outro aspecto importante é a integração da lavoura pecuária. “Ele é plantado em março, assim na época de inverno está verde. Isso é ótimo porque pode ser pastejado pelo gado em um período que tem pouca opção de pastagem”, afirma a pesquisadora do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O consórcio vem sendo implantado com a semeadura de capins braquiária, especialmente o capim-ruziziensis, na entrelinha do milho safrinha, mas existe também a possibilidade de implantá-lo pelo sistema sobressemeadura na soja, que pode ser uma alternativa dependendo do sistema de manejo da propriedade. 
O Dia de Campo mostrará ao produtor as diversas maneiras de plantio em diferentes técnicas, como entre o milho, antes da colheita da soja e o plantio apenas do capim. “Vamos mostrar ao agricultor para ele se planejar. Por exemplo, se ele vai plantar milho mais adensado o espaço entre as linhas é menor e por isso é melhor usar o capim sobressemeadura da soja. Se a intenção é apenas para alimentação animal, o capim é plantado sozinho. Tudo depende da opção do agricultor”, explica De Maria. Para o evento foram instalados campos demonstrativos com o capim implantado no sistema de sobressemeadura na cultura da soja e no sistema de consórcio com o milho safrinha.
Nas regiões onde se cultiva o milho safrinha predomina o sistema do plantio direto. Entretanto, pouco se pratica a rotação de culturas e o solo fica sem uso entre a colheita do milho e a semeadura da soja, favorecendo a decomposição da palha e o desenvolvimento de plantas invasoras. “Dentro dessa realidade, o consórcio de milho safrinha e plantas forrageiras é um meio para a manutenção de boa cobertura de solo com palha, sem a interrupção da prática já adotada pelo produtor que cultiva o milho safrinha e é também uma opção para a produção de forragens para animais na entressafra”, afirma a pesquisadora.
Desenvolvido inicialmente para as condições do Mato Grosso do Sul, o consórcio entre o milho safrinha e as plantas forrageiras foi adaptado às condições do Médio Paranapanema, em São Paulo, em um projeto conjunto das instituições IAC, APTA Médio Paranapanema, Embrapa Agropecuária Oeste, Coopermota, Cooperativa de Pedrinhas e de produtores da região. Outras regiões do Estado de São Paulo têm potencial para sucesso na adoção dessa tecnologia, como a região Norte, onde a inclusão de forrageiras no sistema adotado pelos produtores pode significar aumento na cobertura do solo e, consequentemente, melhora a qualidade do plantio direto.

Serviço
“Sobressemeadura e Consórcio de Capim-Rusisiensis”
Data: 20 de setembro de 2011
Horário: das 9h às 12h
Local: Campo de Difusão de Tecnologia da COOPERMOTA
Endereço: Av. da Saudade, 85, Centro, Cândido Mota – SP

Programação
Consórcio milho safrinha e capins – Aildson Pereira Duarte (Programa Milho e Sorgo IAC/APTA)
Sobressemeadura de capim em soja – Isabella Clerici De Maria (IAC)
Manejo de áreas de capim-ruziziensis para semeadura da soja – Paulo César Antunes (Coopermota)
Qualidade nutricional de capins consorciados com milho – Gabriel Aferri e Marcia Marise de Freitas Cação Rodrigues (APTA/Médio Paranapanema)
Texto
Fernanda Domiciano - Estagiária - Assessoria de Imprensa - APTA

Atendimento

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