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Inflação no campo: preços agrícolas encerram maio com alta de 5,49%

Batata (39,40%), carne de frango (22,36%), arroz (20,99%) e tomate para mesa (20,26%) estão entre os produtos que mais puxaram a inflação no campo em maio, segundo análise do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O índice quadrissemanal de preços recebidos pela agropecuária paulista (IqPR) encerrou o mês de maio de 2008 com alta de 5,49%. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) e os de origem animal (IqPR-A) registraram altas, respectivamente, de 4,01% e 9,18%. No índice acumulado (com base 100 em dezembro/06), os pesquisadores do IEA apontam, para o mês de maio, aumento de 117,72% para o IqPR, de 102,76% para os produtos vegetais e de 151,32% para os produtos de origem animal. Outros produtos que tiveram altas expressivas são ovos (12,59%), carne suína (10,23%), trigo (6,75%) e leite tipo C (5,06%). A elevação nos preços da maioria dos produtos está relacionada a uma conjunção de fatores, tais como o final do período de safra (que por si só já provoca o aumento das cotações), o aumento do custo de produção (em especial os associados aos preços do petróleo, que vêm batendo sucessivos recordes de preços, notadamente fertilizantes e combustíveis); clima adverso à produção e movimentos de mercado (commodities). Além disso, os especialistas apontam o efeito da produção de biocombustíveis sobre a produção de alimentos, que tem atingido de imediato o preço final de venda dos produtos agrícolas. Já as quedas mais acentuadas foram verificadas nos preços do feijão (6,37%), da banana nanica (4,01%) e do café (0,92%). No caso do feijão, iniciou-se o caminho para a normalidade, com a entrada da produção e, em conseqüencia, o decréscimo das cotações, após período em que a escassez provocou altas expressivas dos preços. Mas os técnicos alertam que o mercado poderá ser afetado pela disputa por área entre o feijão e o milho (commodity com cotações internacionais elevadas no momento), que, no caso paulista e de todo o sul-sudeste brasileiro, se dará na safra das águas, plantada no segundo semestre do ano. “Os resultados dos índices configuram a continuidade da pressão inflacionária dos preços agropecuários (principalmente os produtos de origem animal), que têm aumentado mais que os indicadores globais da inflação brasileira”, concluem os técnicos do IEA. A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br); Raquel Castellucci Caruso Sachs (raquelsachs@iea.sp.gov.br); José Alberto Angelo (alberto@iea.sp.gov.br) e José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br). A íntegra do estudo está disponível no site www.iea.sp.gov.br. José Venâncio de Resende Assessoria de Comunicação Social da APTA (11) 5067-0424

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