Os sistemas de cultivo consorciado de lavouras de grãos com plantas forrageiras proporcionam aumento da disponibilidade de forragem na estação seca, com qualidade suficiente para a manutenção nutricional dos rebanhos e, até mesmo, para a promoção de ganho de peso animal. A conclusão consta do trabalho “Acúmulo de matéria seca e de nutrientes em forrageiras consorciadas com milho safrinha em função da adubação nitrogenada”, publicado recentemente na revista “Pesquisa Agropecuária Brasileira”.
O estudo, iniciado em março de 2008 em quatro municípios paulistas, avaliou as espécies Urochloa brizantha cv. Marandu, U. decumbens cv. Basilisk, U. ruziziensis cv. Comum e Panicum maximum cv. Tanzânia, em consórcio com o milho. O experimento foi desenvolvido pelos pesquisadores Karina Batista (IZ-APTA), Aildson Pereira Duarte (Polo Médio Paranapanema/APTA Regional), Gessi Ceccon (Embrapa Agropecuária Oeste) e Isabella Clerici De Maria e Heitor Cantarella (IAC-APTA). Eles utilizaram o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições em parcelas subdivididas.
Nas parcelas, foram avaliados os consórcios e nas sub-parcelas, quatro doses de nitrogênio em cobertura (0, 30, 60 e 90 kg ha-1). Segundo relato dos pesquisadores, determinou-se o acúmulo de matéria seca e de nutrientes pelas plantas forrageiras em três épocas, ou seja: no florescimento, na maturidade fisiológica do milho e por ocasião da dessecação das forrageiras, em outubro.
De acordo com os pesquisadores, o acúmulo de matéria seca das forrageiras intensifica-se após a colheita do milho safrinha. Mas, se as forrageiras são semeadas na entrelinha do milho, a adubação nitrogenada em cobertura não interfere no acúmulo de matéria seca e de nutrientes pelas forrageiras. “O consórcio não afeta a produtividade de grãos de milho safrinha.”
A pesquisadora do IZ, Karina Batista, especialista em solos e nutrição de plantas, ainda ressalta que o consórcio do milho safrinha com as plantas forrageiras apresenta vantagens para o agricultor e também para o pecuarista. “Através dessa prática, é possível formar palha para cobertura do solo em sistema de plantio direto e produzir forragens para os animais na entressafra, garantindo capim para os animais em pastejo, em períodos que diminui a disponibilidade de forragens.”
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail karina@iz.sp.gov.br
Assessora de Comunicação Institucional do IZ
Lisley Silvério (jornalista)
Tatiana Massako Kawakami (publicitária)
Amanda Denadai (estagiária)
(19) 3466.9434 Fax: 3466.9413
E-mail: imprensa@iz.sp.gov.br e lisley@iz.sp.gov.br