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Menor preço do algodão para os produtores brasileiros

A supersafra de algodão e o câmbio estão se revertendo em preços mais baixos para o produtor brasileiro. Aliado a isso, nos últimos dias, houve retração nos contratos futuros da Bolsa de Nova York (Nybot) na semana passada - queda acumulada de 7,5%. Ontem, no entanto, os papéis voltaram a se valorizar, encerrando o pregão a 62,80 centavos de dólar a libra-peso. Entre as commodities agrícolas, a maior variação ocorreu com a soja, queda de 4,5%, cotada a 824 centavos de dólar por bushel para setembro - o clima chuvoso nos Estados Unidos teria influenciado. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), os preços internos do algodão são os menores desde dezembro de 2005. Ontem, o indicador estava em R$ 1,14 a libra-peso. De acordo com o pesquisador Lucílio Alves, o câmbio e os parâmetros internacionais deixam o preço baixo. Aliado a isso, o País vai colher uma safra 40,4% superior - 1,45 milhão de toneladas (pluma), segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Não havia razão para os contratos futuros estarem tão altos diante de uma relação de estoque e consumo mundial de quase 40%", diz Miguel Biegai Júnior, analista da Safras & Mercado. De acordo com o analista Benedito de Oliveira, da AGRural, o produtor segurou a venda porque tem contratos antecipados. Neila Baldi Fonte: Gazeta Mercantil

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