Data da postagem: 10 Novembro 2014
O primeiro levantamento para a safra agrícola 2014/15 que indica a provável área a ser plantada, em hectares, pelos agricultores, foi realizado de 01 a 19 de setembro pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), através de informações fornecidas pelos técnicos das Casas de Agricultura em cada um dos 645 municípios paulistas.
Para o total da área ocupada com os sete principais produtos no plantio das águas, o levantamento indica elevação pouco significativa comparativamente ao ano anterior, totalizando 1,38 milhão de hectares. Do total a ser plantado, a principal cultura em área é a soja que participa com 52,9%, seguido do milho com 34,6% e, na seqüência aparecem o amendoim (7%), feijão das águas (3,3%), batata das águas (0,7%) e arroz (1%).
Os dados referentes á previsão de safra da cana de açúcar apontam que a área permanece estável, diferentemente das safras anteriores, quando a área plantada vinha apresentando expansão. Esse resultado deve-se às condições econômicas adversas que afetam o setor nos últimos anos. Já em relação à produção de 402,6 milhões de toneladas constata-se queda de 9,4% em termos estaduais, influenciada pela produtividade 10,2% menor, devido à anomalia climática que atingiu a lavoura no período de desenvolvimento da planta, afirmam José Alberto Angelo, Carlos Bueno, Celma Baptistella, Denise Caser, Felipe de Camargo, Mário Olivette e Vagner Azarias Martins, responsáveis pelo estudo.
A safra de laranja prevista para 2013/14 aponta para uma produção de 292,9 milhões de caixas de 40,8 kg, ou seja, 2,3% acima do obtido na safra passada, visto que a florada foi abundante no final de 2013. Esses números incluem tanto as frutas comerciais como os frutos provenientes de pomares não expressivos economicamente, bem como as perdas relativas ao processo produtivo e às de colheita. Espera-se uma produtividade agrícola de 26.475 kg/ha, superior àquela obtida na estimativa final da safra 2012/13 em 5,2% (equivalente a 1,8 cx./pé ou 649 cx./ha). Porém em algumas regiões sem irrigação, a produtividade está prevista em 1,5 cx./pé.
Para a cultura do café a anomalia climática incidente no primeiro trimestre do ano impôs prejuízos à formação e enchimento dos frutos, ocasionando diminuição da peneira, má formação e chochamento das sementes. A estimativa final de safra registra colheita de 4.594.135 sacas de café beneficiado (incremento de 3,81% acima da contabilizada em junho) quando em anos de safra cheia, no Estado de São Paulo, espera-se quantidade colhida acima das 5 milhões de sacas. As perdas somente não foram maiores nos cinturões produtivos de Franca e Ourinhos por terem sido beneficiados por chuvas irregulares no primeiro trimestre, enquanto aqueles situados em condição de montanha (São João da Boa Vista, Bragança e Campinas) foram menos afetados pela anomalia, em razão das condições edafoclimáticas nelas prevalecente. No cinturão de Garça/Marília, a adoção da tecnologia da irrigação nos cafezais foi capaz de mitigar as perdas.
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Nara Guimarães
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