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Sabor da Colheita dá início à safra dos cafezais paulistas

Conhecida por sua história cafeeira, São Paulo conserva, no coração da cidade, mais de 1,5 mil pés de cafés. Localizado na Vila Mariana, próximo à Avenida Paulista, o cafezal do Instituto Biológico (IB-APTA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (SAA), cultiva grãos das variedades IAC Mundo Novo e IAC Catuaí, em uma área de 10 mil metros quadrados. Este ano, o café do Biológico recebeu a recertificação de qualidade da norma internacional UTZ. 
E é nesta lavoura histórica e tão representativa para a cafeicultura paulista que aconteceu, em 24 de maio, Dia Nacional do Café, a oitava edição do “Sabor da Colheita”, evento que simboliza o início da safra no Estado. Os portões do IB foram abertos para receber o público. O evento contou com a participação de baristas, cafeicultores, representantes de cooperativas, de cafeterias e de indústrias, além de apaixonados por café. O objetivo foi trazer para a metrópole um pouco da rotina das fazendas, incluindo um café da manhã com iguarias típicas, como milho cozido, doce de abóbora, canjiquinha e bolo de fubá. 
Os participantes tiveram a oportunidade de usar os tradicionais chapéus, peneiras e balaios, e sob a orientação de especialistas fizeram a colheita seletiva, retirando com as mãos apenas os grãos bem maduros, vivenciando uma experiência única do trabalho que há décadas movimenta a economia paulista. Todo o café colhido durante o evento é processado e doado ao Fundo Social de Solidariedade de São Paulo. 
A programação trouxe outras atividades, como a demonstração de como fazer um bom café em casa e também a operação de máquinas, como a derriçadora portátil, equipamento doado ao IB-APTA pela Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (COCAPEC), e o despolpador, que retira a casca do grão para secagem, doado pela empresa Pinhalense. 
Realizado desde 2006, o “Sabor da Colheita” é organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Sindicato da Indústria do Café do Estado de São Paulo (SINDICAFÉ), a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-SP) e as cooperativas de café do Estado. 
Sobre o cafezal do IB 
A história desse cafezal teve início na década de 1920 quando uma praga, conhecida por “broca do café”, começou a atingir as plantações do Estado de São Paulo, provocando a destruição dos grãos e a queda da produção nas fazendas. Essa crise que abalou o agronegócio cafeeiro resultou na criação do Instituto Biológico, que tem a missão de gerar conhecimento para garantir a sanidade animal e vegetal da agropecuária. Em média, o cafezal do Instituto Biológico produz uma tonelada de grãos. 
São Paulo é o terceiro maior produtor de café do Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A primeira estimativa para a safra 2013 divulgada pela Conab em parceira com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ambos ligados à SAA, indica uma produção de até 4,7 milhões de sacas. São sete os principais cinturões cafeeiros: Alta Mogiana, São João da Boa Vista/Mogi Mirim, Bragança Paulista, Ourinhos/Avaré, Garça/Marília, Dracena e Central Paulista. 
A produção de café no Brasil é responsável por cerca de um terço da produção mundial, o que faz o País estar entre as lideranças na produção. Ainda de acordo com a Conab, em 2012, a produção de café no Brasil atingiu o montante de 50,8 milhões de sacas de 60 kg. Além disso, o produto representou 6,7% de todas as exportações brasileiras do agronegócio, que chegaram a aproximadamente 28,7 milhões de sacas de 60 kg, com faturamento de US$ 6,5 bilhões.

 

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