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Apesar da cana, área de soja se mantém nas 10 principais regiões produtoras

Apesar do avanço cana para indústria em áreas de outras culturas no Estado de São Paulo, as dez principais regiões produtoras de soja não perderam terreno no período de 2002 a 2007, mantendo a participação em torno de 87% da área. Nas mesmas regiões, a área ocupada pela cana-de-açúcar teve a sua participação reduzida de 44,3% para 43,2%. Esta é uma das conclusões de estudo sobre a evolução da área plantada de soja, milho e cana-de-açúcar, apresentado pela pesquisadora Marisa Zeferino Barbosa, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), em reunião no dia 15 de maio da Câmara Setorial de Soja da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Por região, os comportamentos foram diferenciados. A região de Assis, mesmo com uma queda de 3,9% na taxa anual de crescimento da área de soja, ampliou a participação no total da área regional de 24,7% para 28,1% no período analisado. Já a região de Orlândia apresentou redução de 9,6% na taxa anual de crescimento e também diminuição na participação da área, de 18,9% para 16%. Barretos, terceira região em importância em soja, registrou taxa anual negativa de crescimento de 10,5%, com a participação na área encolhendo de 14,8% para 11,8%. A área de soja de Itapeva teve taxa anual de crescimento de 7,2% e a participação na área regional aumentando de 5% para 8,2%. Em direção contrária, Presidente Prudente não apenas atingiu taxa anual de crescimento negativa de 11,2% como também perdeu em participação na área regional, de 8,8% para 7,5%. A área de soja de Ourinhos teve a sua presença regional ampliada de 4,8% para 6,2%, embora a taxa anual de crescimento tenha sido negativa em 2%. O mesmo ocorreu com Avaré cuja taxa anual de crescimento foi negativa em 6,9%, mas a participação na área regional saltou de 3,8% para 4,1%. São João da Boa Vista foi uma das duas regiões onde tanto a taxa de crescimento anual (14,9%) quanto a participação na área (de 0,9% para 2,1%) tiveram acréscimos. Araçatuba, por sua vez, chegou à taxa de crescimento anual negativa de 32,9% e teve a participação na área encolhida de 3,2% para 1,9%. Por fim, a área de soja em Ribeirão Preto caiu de 2,2% para 1,8% no peso regional, com taxa de crescimento anual negativa de 10,2%. A pesquisadora do IEA conclui que a expansão da cana-de-açúcar, principalmente para a produção de álcool, atingiu níveis mais acentuados em regiões do oeste e do noroeste do Estado, onde a soja não se consolidou como atividade agrícola. Nas dez principais regiões de soja, a participação da área de cana caiu de 44,3% para 43,2% em relação à área total regional. As taxas anuais de crescimento da área de cana foram todas positivas, com destaque para Barretos (10%), Itapeva (20,9%), Presidente Prudente (20,3%) e Avaré (17,6%). Prioridades A Câmara Setorial de Soja decidiu consolidar em quatro ou cinco temas cerca de 22 itens considerados prioritários pelo setor. Entre estes pontos, podem ser citados: a criação e a disponibilização de banco de dados de pesquisas realizadas (tecnologias geradas), criação de laboratório de biodiesel (certificado), utilização de áreas degradáveis para projeto-piloto de biodiesel, substituição da soja pela cana, análise de variedades alternativas, crédito e seguro rural e vazio fitossanitário, entre outros. Segundo o presidente David Roquetti Filho, esta medida vai permitir que a Câmara Setorial priorize as suas ações no sentido de aprofundar e conduzir os assuntos visando indicar as soluções para os problemas da cadeia produtiva e sugerir ou reivindicar providências naquilo que for de responsabilidade do poder público.

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