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Pesquisa da APTA Regional ajuda aumentar eficiência das aves poedeiras no consumo de rações

Um produto testado pela Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Brotas/Pólo Centro-Oeste/APTA Regional, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, vem sendo amplamente utilizado pelas granjas produtoras de ovos da região de Bastos. Trata-se do aditivo fitogênico Naturovita (princípio ativo do produto foi obtido por plantas utilizadas na medicina tradicional chinesa), cujo experimento resultou em benefícios ao desempenho das aves e à qualidade dos ovos. Ao usar o produto, as aves conseguiram aproveitar com mais eficiência os nutrientes das rações, o que se traduziu em melhor conversão alimentar por dúzia de ovos.
O trabalho “Uso de aditivos fitogênicos sobre o desempenho de poedeiras comerciais” foi elaborado pelos pesquisadores Carla Cachoni Pizzolante e Érika Salgado Politi Braga Saldanha, ambas da APTA Regional, e pelo médico veterinário Sérgio Kenji Kakimoto, ex-pesquisador da APTA e produtor. Também teve a participação dos técnicos da Naturovita Fernando Lopes de Andrade (especializado em medicina clássica chinesa), Áureo Hiroyuki Tanaka (médico veterinário) e Maria Cláudia Zuim (farmacêutica com especialização em homeopatia).
O experimento avaliou a Naturovita comparada a outros três tratamentos: ração controle (ou testemunha); ração com promotor (Colistina e Lincomicina) e ração com promotor (Colistina e Lincomicina) + Naturovita, bem como os possíveis efeitos desses aditivos sobre o desempenho produtivo, a qualidade e a conservação de ovos de poedeiras. Ao final do experimento, os pesquisadores observaram menor consumo de ração e melhor conversão alimentar por dúzia de ovos para o tratamento com Naturovita em relação ao tratamento com a ração Testemunha. 
Os resultados obtidos sugerem que as aves, provavelmente, conseguiram aproveitar com maior eficiência os nutrientes dos ingredientes com menor consumo de ração, o que se traduziu em menor conversão por dúzia de ovos. “Esses resultados podem ser explicados pelo fato de os aditivos fitogênicos e promotores contribuírem com o desenvolvimento de microrganismos benéficos no trato gastrintestinal (TGI), resultando em melhoria nas condições envolvidas nos processos de digestão e absorção dos nutrientes.”
Os possíveis mecanismos de ação dos extratos vegetais no organismo animal, prossegue o estudo, podem ser a estimulação da digestão, alterações na microbiota intestinal, aumento na digestibilidade e absorção dos nutrientes e efeito antimicrobiano. “Apesar de a análise de variância não ter detectado diferenças significativas para percentagem de postura, observou-se maior produção de ovos com a utilização do tratamento Naturovita em comparação aos demais tratamentos.”
Com relação à mortalidade, também não foram detectadas diferenças significativas entre os tratamentos utilizados, dizem os autores do trabalho. “No entanto, observou-se durante todo período experimental que somente no tratamento Naturovita não ocorreram óbitos de aves. Esses resultados podem ser explicados pelo fato de certas ervas conterem em sua composição complexos elementos orgânicos que são conhecidos pelos efeitos terapêuticos específicos. As ervas são usadas para aumentar a atividade antimicrobiana, com papel antivirótico, antioxidante, propriedades estas que estimulam o sistema endócrino e imune das aves. O uso de plantas medicinais e seus extratos podem promover um estado metabólico e imune mais elevado, melhorando ainda as condições de bem-estar das aves, diante de situações de estresse.”
Pode-se concluir, nas condições de realização desta pesquisa, que a suplementação da Naturovita resultou na redução do consumo de ração pelas aves em até sete gramas, quando comparado ao consumo da ração testemunha (a cada 10.000 aves isso representa mais ou menos R$ 1.050,00 por mês, ração a R$ 500,00 a tonelada). Além disso, o produto conseguiu manter a produção e a qualidade dos ovos, podendo, portanto, ser utilizado sem prejuízos aos produtores.
Testado na granja
Além de ter participado efetivamente da realização da pesquisa na UPD/Brotas, Sérgio Kenji Kakimoto foi o maior responsável pela divulgação dos resultados junto aos granjeiros, conta Carla Pizzolante. Sérgio, que atualmente supervisiona um plantel de 1,6 milhão de aves entre galinhas e codornas, comprovou na prática, na granja de sua propriedade, os benefícios do experimento. 
Ele observou os resultados obtidos, tanto com o experimento com Naturovita quanto com o experimento que utilizou diferentes granulometrias de calcário, e passou a utilizá-los em sua granja.  Isto resultou em diminuição da perda de ovos, devido à melhora da qualidade da casca e à melhora no desempenho das aves e na qualidade de ovos.
Sérgio explica, ainda, que o consumidor tende a escolher os ovos pela casca, atributo de qualidade indireta. Assim, o ovo deve ter a casca perfeita para ganhar mercado de produtos fresco. “Contudo, atualmente a genética das aves proporciona uma boa produção até o momento do descarte. Porém, o que tem inviabilizado é a sua mantença por mais tempo na produção, é a viabilidade econômica, porque os ovos produzidos por aves de 90 semanas têm a casca fina e de baixa qualidade o que deprecia o seu valor.”
A utilização do Naturovita tem proporcionado, na granja de Sérgio, um ganho na produtividade com melhor qualidade interna e externa somados a um consumo menor de alimentos por parte das aves. “A pesquisa de uso de calcário de diferentes granulometrias também contribuiu para uma melhora na casca de ovos.”
Segundo o produtor, o uso desses dois conhecimentos permite manter as aves produtivas mais de 95 semanas, sem a necessidade de realizar a muda forçada nas aves, o que gera maiores ganhos econômicos ao produtor rural. Outra vantagem está no custo de reposição de uma galinha, que atualmente representa 19% do custo de produção de uma caixa de ovos. “O fato de poder prolongar as aves em mais de 15 semanas em produção representa um ganho de 25% devido à diminuição da reposição de aves.”
A aplicação de conhecimentos dessa natureza proporciona ao avicultor competitividade do setor de ovos, diminuindo o custo de produção, aumentando a produtividade e melhorando a qualidade do produto. O médico veterinário Áureo Tanaka cita outra granja de Bastos, onde foi obtido um aumento de 10 ovos por ave alojada (com idades entre 18 e 80 semanas), o que gerou uma lucratividade líquida em torno de R$ 0,50 por ave. Comenta ainda que nas fases de cria e recria foi obtida uma melhor uniformidade das aves e também a diminuição de aves refugos. Com isso, conseguiram-se aves mais saudáveis e mais produtivas.

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