Data da postagem: 13 Março 2007
Nesse ritmo, o Brasil já é o 8º maior criador de caprinos e ovinos no mundo. A maior concentração dos rebanhos está nas regiões Nordeste, com cerca de 50% dos ovinos e 90% dos caprinos. De acordo com Arnaldo dos Santos, presidente da ASPACO (Associação Paulista de Criadores de Ovinos), São Paulo é o Estado onde a atividade mais cresce no País, especialmente no segmento de animais de elite, mostrando sua vocação e potencialidade da produção animal. Atualmente, o rebanho de ovinos em São Paulo é estimado em 365 mil cabeças.
Parceiros investidores Os surpreendentes números da atividade despertam cada vez mais o interesse de empresários de fora do agronegócio, atraídos pelo retorno financeiro e pelas opções de investimentos oferecidas. Assim, ganham espaço os chamados parceiros investidores. As oportunidades estão aí. A caprino-ovinocultura é um excelente negócio e o retorno vem muito rápido. O Brasil importa grande parte da carne de cordeiro consumida no País. Somente em São Paulo, há déficit de mais de 3 milhões de cabeças para atender a demanda por carne de ovinos, que não chega a 1 kg por habitante/ano. Imagine se esse consumo dobrar? Está aí um investimento seguro e rentável, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro, empresa promotora da 4ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Feinco), maior exposição de caprino-ovinocultura da América Latina, realizada entre 13 e 17 de março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP).
O evento, que acompanha o crescimento da atividade no País e trabalha para oferecer ferramentas para os investidores deste mercado em expansão, deve reunir mais de 4 mil animais de criadores vindos de todas as regiões do Brasil, que vêm a capital paulista em busca de informações, troca de experiências e boas oportunidades de negócio.
Uma clara vantagem da criação de caprinos e ovinos, em comparação à pecuária de corte, por exemplo, é o maior retorno de quilos de carne por hectare, em um menor espaço de tempo. Em um mesmo hectare, pode-se produzir, por ano, em torno de 500 kg de peso vivo de cordeiro; se a mesma área receber bovinos, a produção será de apenas 150 kg de peso vivo, explica o diretor do Agrocentro.
Vicente Ribeiro, presidente da Capripaulo (Associação Paulista dos Criadores de Caprinos), faz coro ao potencial da caprino-ovinocultura, particularmente em São Paulo. Temos tudo para crescer, porém é preciso muito trabalho nos próximos dez anos para profissionalizar a atividade e estruturar melhor o mercado produtivo, além de estimular o consumo, assinala Vicente Ribeiro.
A maior feira do setor A Feinco 2007 é o ponto de encontro certo para discussão das necessidades da atividade e tem programada mais de 40 atividades paralelas, visando a capacitação e a profissionalização dos criadores e investidores.
Em sua primeira edição, em 2004, a Feinco reuniu 30 expositores, 53 criadores, 600 animais e teve público de 10 mil visitantes; já em 2005, foram mais de 100 expositores, 120 criadores, 2 mil animais, 15 mil visitantes e faturamento de mais de R$ 1,4 milhão com o comércio de animais. No ano passado, o evento obteve faturamento de R$ 2,6 milhões somente com venda de animais nos seis leilões realizados e reuniu mais de 120 expositores, 3 mil animais, 150 criadores e cerca de 21 mil visitantes, inclusive estrangeiros, como as comitivas de Canadá, México e Uruguai.
Em 2007, a organização da Feinco deve reunir 4 mil animais e receber 20 mil visitantes no evento. Nossa expectativa é positiva porque teremos 150 empresas expositoras, aumento de 100% em relação à edição anterior, crescimento de 30% do número de leilões, 20 diferentes raças ovinas e caprinas, em uma área coberta, de 22 mil m2, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro. (fonte: Texto Assessoria de Comunicações)