O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, subiu 1,71% neste início de 2011, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O índice de preços dos produtos de origem vegetal ficou bem acima do índice geral, com alta de 2,59%. Já o índice de preços dos produtos de origem animal caiu ligeiramente (0,47%). Dos produtos analisados, 11 apresentaram alta de preços (nove de origem vegetal e dois de origem animal), enquanto oito tiveram queda (quatro de origem vegetal e quatro de origem animal)
As altas mais expressivas, na 1ª semana de janeiro, ocorreram nos preços do tomate (54,67%); do café (13,18%); da carne de frango (9,85%) e do milho (9,24%). As recentes chuvas geraram perdas na colheita do tomate, numa situação de demanda aquecida e safra menor, com impacto conjuntural no abastecimento do produto, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Ângelo e José Sidnei Gonçalves.
Já os preços do café subiram em decorrência de pressões das demandas internacional e doméstica e dos menores estoques, explicaram os analistas. “Ademais, a redução em especial da safra colombiana abre espaço para vendas de café brasileiro de qualidade superior, elevando os preços médios no mercado interno de arábica, como o café paulista.”
No caso da carne de frango, as maiores exportações e o aumento do consumo explicam as elevações dos preços, de acordo com os analistas do IEA. Na origem, está a pressão do mercado interno face aos preços mais atrativos em relação às outras carnes, associada ao poder de mercado dos frigoríficos avícolas, gestores da produção integrada, numa conjuntura adversa.
Os aumentos no preço do milho são fruto de pressões do mercado internacional, face aos baixos estoques de passagem mundiais. Além disso, a perspectiva de que a oferta somente esteja normalizada no final do primeiro trimestre de 2011 leva à formação de expectativas altistas, precificando a possibilidade de maior escassez.
As quedas mais significativas foram verificadas nos preços do feijão (38,87%); da batata (35,26%); da carne suína (9,21%) e da carne bovina (4,10%). “Nesta primeira quadrissemana de 2011, os preços dos produtos de origem animal, liderados pelas carnes suína e bovina, colaboraram para reduzir a alta do índice de preços. Por outro lado, a elevação dos preços do café contribuiu decisivamente na evolução positiva do índice de preços dos produtos de origem vegetal”, concluem os pesquisadores do IEA.
A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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